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Organização administrativa: O oikos consistia na casa do senhor ou em uma propriedade rural. Nesta propriedade, havia uma população local livre, a qual poderia permanecer nas terras sob o comando do senhor do oikos; mas eles eram livres para ir quando quiserem. O senhor, possuía outros súditos que o ajudavam na administração da propriedade. A esposa do senhor, ou para ser mais exato, a senhora do oikos, era a responsável, por organizar os banquetes e as refeições, por atribuir hospedagem a viajantes que procurassem o senhor. Contudo a função que mais importante que ela exercia, era a de carregar a chave do tesouro; este tesouro na realidade consistiria em um depósito, no qual se armazenaria os alimentos, os tecidos, os presentes ganhos pelo senhor, os metais preciosos, jóias, as armas e outros objetos originados da pilhagem feita nas batalhas. Além deste fato o qual garante um forte destaque e influência para a mulher, também pode se ressaltar, que quando o senhor estava ausente, era a sua esposa que ficava no comando. Em caso do marido morrer, era ela que ficaria no comando até o seu filho mais velho ter idade para assumir. Se ele fosse muito novo, ela teria que escolher um novo marido.
Organização econômica: Predominantemente rural. Sua fonte de sobrevivência provinha da agricultura e da pecuária. Quanto a tal questão, cada família do oikos tinha uma determinada responsabilidade com o cultivo da terra e com a criação de animais. Além disso, também havia uma pequena produção artesanal interna, e um relativo comércio local. Mas de fato grande parte da riqueza material provinha do saque das pilhagens, e dentre os principais objetos roubados, estavam as armas e objetos feitos de bronze e ferro. Metais estes que ficaram escassos na época por falta de sua exploração, então se tornaram algo valioso. Além disso, alguns historiadores relatam que já havia um pequeno comércio de escravos efetuado na época.
Organização social: Quanto a organização social, pode se dizer que havia o senhor do oikos e sua família, havia também outras famílias de posses, principalmente devido a partilha dos ganhos da pilhagem, havia em si a população camponesa, e por fim os escravos. De certo modo as pessoas que viviam no oikos eram tratadas como servos do senhor. Contudo havia uma ligeira diferença entre servo e escravo, mesmo que em alguns momentos tal diferença não fosse clara. Em si todos os habitantes do oikos teriam que prestar serviço para o senhor e desta forma garantiriam sua própria sobrevivência, já que a comida doada para este, as armas e cerâmicas produzidas seriam utilizadas por todos, da forma que o senhor designasse.
Os demiurgos: Nessa época a palavra demiurgo se referia a um viajante que ia de oikos em oikos prestar determinados serviços. Serviços estes como adivinhação, feitiçaria, curandeirismo, artístico, dentre outros que não eram comumente praticados por todos. Sendo assim, era costume do demiurgo ser as vezes contratado por um senhor em ocasiões de festividades para tocar música, cantar, dançar ou contar histórias. Em trocados seus serviços, eles ficavam hospedados na casa do senhor e ganhavam presentes.
O casamento: Um aspecto interessante quanto ao casamento, era o fato de que muitas vezes estes eram realizados no intuito de se estabelecer acordos e laços de lealdade entre os oikos, principalmente devido a motivos militares, em caso de guerra estes oikos poderiam recorrer aos seus aliados. De acordo com a tradição da época o casamento seria feito a partir da escolha de uma hedna (dote), vários pretendentes levavam seus dotes para o pai da mulher com que se pretendia se casar; naturalmente aquele que oferecesse o melhor dote seria o escolhido. Em caso do homem não puder cumprir com sua parte do trato, este teria que prestar serviços para o seu sogro a fim de quitar sua divida com o dote.
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