“(...) Nada de postiço, meloso, artificial,
arrevesado, precioso: queremos escrever com
sangue – que é humanidade; com eletricidade – que
é movimento, expressão dinâmica do século;
violência – que é energia bandeirante. Assim
nascerá uma arte genuinamente brasileira, filha
do céu e da terra, do homem e do mistério (...).
Por que não atualizarmos nossa arte, cantando
essas Ilíadas Brasileiras? Paremos diante da
tragédia hodierna, a cidade tentacular radica seus
gânglios numa área territorial que abriga 600 mil
almas. Há na angústia e na glória de sua luta
odisseias mais formidáveis que as contou o aedo
cego (...) Tudo isso – e o automóvel, os fios
elétricos, as usinas, os aeroplanos, a arte – tudo
isso forma os nossos elementos da estética
moderna, fragmentos de pedra em que
construiremos, dia a dia, a Babel do nosso Sonho,
no nosso desespero de exilados de um céu que
fulge lá em cima, para o qual galgamos na ânsia
devoradora de tocar com as mãos as estrelas.”
Assinale a alternativa CORRETA.
(A) Os modernistas, por levarem às últimas
consequências a liberdade formal na escrita
literária, desprezaram em suas obras o
conteúdo.
(B) A cidade, com sua complexa rede de
elementos modernos, como a eletricidade, os
aeroplanos, os automóveis, é para os
modernistas uma metáfora sem referência
social.
(C) A crítica às correntes culturais europeias e
aos modelos estéticos importados acontece
em nome de uma arte nacional, da valorização
dos elementos da brasilidade.
(D) Escrever com sangue significa reproduzir os
padrões estéticos herdados dos ancestrais
europeus para glorificar na arte nacional os
elementos da estética moderna.
(E) O discurso decompõe a cidade, exaltando a
civilidade urbana em detrimento da natureza,
como única linguagem inteligível para a arte
moderna.
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E (mais não tenho muita certeza )
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