Respostas
O Nafta é um bloco econômico surgido em 1994 que envolve os três países da América do Norte – Estados Unidos, Canadá e México – em uma zona de livre comércio, com circulação de mercadorias facilitada, mas sem outras características que se fazem presentes em outros blocos econômicos, tais como a Tarifa Externa Comum utilizada pelo Mercosul e a livre circulação de pessoas presente na União Europeia.
O principal aspecto no que se refere às características dos países-membros do Nafta é a disparidade econômica existente entre suas economias e estruturas sociais. De um lado, temos os Estados Unidos, que é um país altamente desenvolvido, com a maior economia do planeta, o maior arsenal militar e a maior força política; mas, de outro lado, temos dois países altamente dependentes da economia estadunidense, o Canadá – que ainda se apresenta como um país desenvolvido e com avançada estrutura social – e o México, considerado como emergente e que se vê prejudicado diante de sua enorme relação de dependência para com os estadunidenses.
A seguir, vamos conferir o papel de cada país-membro do Nafta, bem como os efeitos desses acordos em cada uma dessas conjunturas.
O Canadá e o Nafta
O Canadá, como já frisamos, é considerado um país desenvolvido, tanto do ponto de vista da economia – com um PIB per capita superior a 52 mil dólares em 2012 – quanto do ponto de vista do desenvolvimento humano – com um IDH de 0,902 em 2013, o oitavo maior do mundo. No que se refere à participação desse país no Nafta, sua atuação ocorreu no sentido de ampliar o seu mercado em relação aos Estados Unidos.
Atualmente cerca de 80% de tudo o que o Canadá exporta vai para os EUA, com destaque para matérias-primas. Suas principais manchas industriais encontram-se ao sul de seu território, em um claro direcionamento para a economia e o mercado consumidor estadunidenses. A relação de dependência dos canadenses é tão grande que não é raro ouvir por parte de analistas econômicos e até da população que o Canadá nada mais é do que uma “colônia” ou “extensão territorial” dos Estados Unidos.
O México e o Nafta
O México, nesse sentido, apresenta-se como outra face dessa moeda. Contando com uma igual dependência em relação ao país vizinho, os mexicanos não gozam das mesmas condições econômicas dos canadenses, além de possuírem mais restrições dentro do bloco tanto na economia quanto em outros temas, incluindo o demográfico.
Segundo alguns levantamentos recentes, mais de 70% das exportações e quase 60% das importações mexicanas são realizadas com os Estados Unidos. Apesar do volume ser positivo, o saldo desse comércio é negativo para os mexicanos, haja vista que as exportações correspondem às matérias-primas de baixo custo e as importações são, em sua maioria, de produtos tecnológicos de ponta, com alto custo.
Um dos efeitos mais notáveis da adesão do México ao Nafta é a migração de algumas indústrias norte-americanas para as regiões de fronteira entre os dois países. Tal migração é vantajosa para tais empresas porque, em território mexicano, encontram mão de obra mais barata, acesso fácil a matérias-primas, leis trabalhistas, ambientais e fiscalizações frouxas, além de uma proximidade territorial com o mercado consumidor americano, não elevando os gastos com transporte. Essas indústrias são chamadas de “maquiladoras” por apenas montar o produto final a partir de peças trazidas de outras localidades.
Do lado direito, a cidade de Tijuana (México); do lado esquerdo, o território dos EUA. Essa cidade recebe várias indústrias estadunidenses
Apesar da ampla proximidade econômica, territorial e política entre México e Estados Unidos, há uma barreira no que se refere à entrada de imigrantes mexicanos em território estadunidense. Isso ocorre em virtude do elevado protecionismo dos EUA para a entrada dessas pessoas, com medo de que essas saturem ainda mais o mercado de trabalho do país. Desde 1994, os Estados Unidos constroem um muro de alta segurança entre os dois países, o que não impede, no entanto, a entrada de milhares de mexicanos em seu território em busca de mais empregos e renda.
Os Estados Unidos e o Nafta
Como já colocamos acima, os EUA são o ponto central do Nafta, atuando como a principal economia do bloco e gerando uma relação de dependência para com os seus vizinhos. Portanto, a atuação do país nesse bloco econômico se faz, principalmente, no sentido de aumentar suas exportações e utilizar um amplo mercado consumidor existente. Além disso, com o Nafta, os Estados Unidos reduziram consideravelmente os seus custos com importações de matérias-primas e de produtos industriais de baseS.
O Nafta é um bloco econômico surgido em 1994 que envolve os três países da América do Norte – Estados Unidos, Canadá e México – em uma zona de livre comércio, com circulação de mercadorias facilitada, mas sem outras características que se fazem presentes em outros blocos econômicos, tais como a Tarifa Externa Comum utilizada pelo Mercosul e a livre circulação de pessoas presente na União Europeia.
O principal aspecto no que se refere às características dos países-membros do Nafta é a disparidade econômica existente entre suas economias e estruturas sociais. De um lado, temos os Estados Unidos, que é um país altamente desenvolvido, com a maior economia do planeta, o maior arsenal militar e a maior força política; mas, de outro lado, temos dois países altamente dependentes da economia estadunidense, o Canadá – que ainda se apresenta como um país desenvolvido e com avançada estrutura social – e o México, considerado como emergente e que se vê prejudicado diante de sua enorme relação de dependência para com os estadunidenses.
A seguir, vamos conferir o papel de cada país-membro do Nafta, bem como os efeitos desses acordos em cada uma dessas conjunturas.
O Canadá e o Nafta
O Canadá, como já frisamos, é considerado um país desenvolvido, tanto do ponto de vista da economia – com um PIB per capita superior a 52 mil dólares em 2012 – quanto do ponto de vista do desenvolvimento humano – com um IDH de 0,902 em 2013, o oitavo maior do mundo. No que se refere à participação desse país no Nafta, sua atuação ocorreu no sentido de ampliar o seu mercado em relação aos Estados Unidos.
Atualmente cerca de 80% de tudo o que o Canadá exporta vai para os EUA, com destaque para matérias-primas. Suas principais manchas industriais encontram-se ao sul de seu território, em um claro direcionamento para a economia e o mercado consumidor estadunidenses. A relação de dependência dos canadenses é tão grande que não é raro ouvir por parte de analistas econômicos e até da população que o Canadá nada mais é do que uma “colônia” ou “extensão territorial” dos Estados Unidos.
O México e o Nafta
O México, nesse sentido, apresenta-se como outra face dessa moeda. Contando com uma igual dependência em relação ao país vizinho, os mexicanos não gozam das mesmas condições econômicas dos canadenses, além de possuírem mais restrições dentro do bloco tanto na economia quanto em outros temas, incluindo o demográfico.
Segundo alguns levantamentos recentes, mais de 70% das exportações e quase 60% das importações mexicanas são realizadas com os Estados Unidos. Apesar do volume ser positivo, o saldo desse comércio é negativo para os mexicanos, haja vista que as exportações correspondem às matérias-primas de baixo custo e as importações são, em sua maioria, de produtos tecnológicos de ponta, com alto custo.
Um dos efeitos mais notáveis da adesão do México ao Nafta é a migração de algumas indústrias norte-americanas para as regiões de fronteira entre os dois países. Tal migração é vantajosa para tais empresas porque, em território mexicano, encontram mão de obra mais barata, acesso fácil a matérias-primas, leis trabalhistas, ambientais e fiscalizações frouxas, além de uma proximidade territorial com o mercado consumidor americano, não elevando os gastos com transporte. Essas indústrias são chamadas de “maquiladoras” por apenas montar o produto final a partir de peças trazidas de outras localidades.