• Matéria: ENEM
  • Autor: edilheings
  • Perguntado 9 anos atrás

O que chamamos de corte principesca era,

essencialmente, o palácio do príncipe. Os músicos eram

tão indispensáveis nesses grandes palácios quanto os

pasteleiros, os cozinheiros e os criados. Eles eram o que

se chamava, um tanto pejorativamente, de criados de libré.

A maior parte dos músicos ficava satisfeita quando tinha

garantida a subsistência, como acontecia com as outras

pessoas de classe média na corte; entre os que não se

satisfaziam, estava o pai de Mozart. Mas ele também se

curvou às circunstâncias a que não podia escapar.

Norbert Elias. Mozart: sociologia de um gênio.

Ed. Jorge Zahar, 1995, p. 18 (com adaptações).

Considerando-se que a sociedade do Antigo Regime

dividia-se tradicionalmente em estamentos: nobreza, clero

e 3.° Estado, é correto afirmar que o autor do texto, ao

fazer referência a “classe média”, descreve a sociedade

utilizando a noção posterior de classe social a fim de

A aproximar da nobreza cortesã a condição de classe

dos músicos, que pertenciam ao 3.° Estado.

B destacar a consciência de classe que possuíam os

músicos, ao contrário dos demais trabalhadores

manuais.

C indicar que os músicos se encontravam na mesma

situação que os demais membros do 3.° Estado.

D distinguir, dentro do 3.° Estado, as condições em que

viviam os “criados de libré” e os camponeses.

E comprovar a existência, no interior da corte, de uma

luta de classes entre os trabalhadores manuais.

Respostas

respondido por: vaneborges
66
letra C
O texto não distingue os músicos dos outros membros que compunham o Terceiro Estado, como observamos no trecho: "Os músicos eram tão indispensáveis nesses grandes palácios quanto os pasteleiros, os cozinheiros e os criados. "
respondido por: EduardoPLopes
100

O espaçamento do texto dificulta a sua compreensão. Vamos organizá-lo melhor:

Este é o texto:

O que chamamos de corte principesca era, essencialmente, o palácio do príncipe.  Os músicos eram tão indispensáveis nesses grandes palácios quanto os  pasteleiros, os cozinheiros e os criados. Eles eram o que se chamava, um tanto  pejorativamente, de criados de libré. A maior parte dos  músicos ficava satisfeita  quando tinha garantida a subsistência, como acontecia com as outras pessoas de  classe média na corte; entre os que não se satisfaziam, estava o pai de Mozart.  Mas ele também se curvou às circunstâncias a que não podia escapar.

(Fonte: Norbert Elias. Mozart: Sociologia de um gênio. Ed. Jorge Zahar, 1995, p. 18 (com  adaptações)).

Esta é a pergunta:

Considerando-se que a sociedade do Antigo Regime dividia-se tradicionalmente  em estamentos: nobreza, clero e 3° Estado, é correto afirmar que o autor do  texto, ao fazer referência a “classe média”, descreve a sociedade utilizando a  noção posterior de classe social a fim de

E estas são as alternativas:

a) aproximar da nobreza cortesã a condição de classe dos músicos, que  pertenciam ao 3° Estado.

b) destacar a consciência de classe que possuíam os músicos, ao contrário dos  demais trabalhadores manuais.

c) indicar que os músicos se encontravam na mesma situação que os demais  membros do 3° Estado.

d) distinguir, dentro do 3° Estado, as condições em que viviam os “criados de  libré” e os camponeses.

e) comprovar a existência, no interior da corte, de uma luta de classes entre os  trabalhadores manuais.

A  é falsa. O autor ressalta que os músicos eram muito pobres, como os camponeses, e não ricos como os nobres.

B é falsa. Nada é dito sobre a consciência de classe, apenas sobre as condições - difíceis - destes criados que trabalhavam com a música.

C é verdadeira, de modo que estes "criados do palácio" estavam mais próximos, no dia a dia, do luxo, mas em suas vidas eram pobres como os demais membros da sua classe.

D é falsa, pois o texto ressalta como suas condições de vida não eram muito diferentes.

E é falsa, pois apenas ressalta as dificuldades pelas quais passavam os criados.

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