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Originário das terras altas da Etiópia, ele chegou em 1727 ao Brasil de
forma clandestina pelas mãos de Francisco Melo Palheta. Na época, ele
recebeu duas missões específicas do governador do estado do Maranhão e
Grão-Pará, João Maia da Gama, durante uma viagem à Guiana Francesa: uma
era de caráter diplomático e a outra era para obter mudas e sementes de
café, cujo governo francês não vendia nem dividia com os outros países.
As mudas que aqui chegaram foram plantadas primeiramente no Pará, mas se
espalhou rapidamente para outros estados devido às condições climáticas
favoráveis. O Estado do Rio de Janeiro, por exemplo, foi o ponto de
partida para as grandes plantações. Na sequência, o café estendeu-se
para São Paulo e Ubatuba. Em pouco tempo, o vale do rio Paraíba se
tornou a grande região produtora da lavoura cafeeira no Brasil. Subindo
pelo rio, ele invadiu a parte oriental da província de São Paulo e a
região da fronteira de Minas Gerais. Neste mesmo momento, a cidade do
Rio de Janeiro era largamente utilizada como ponto de escoamento do
produto e centro financeiro da época. Algumas regiões de declive
acentuado e que sofriam com o descuido durante o cultivo sofreram
esgotamento do solo e, por isso, as plantações começaram a se concentrar
em Campinas e Ribeirão Preto. Foi neste momento que estas cidades
passaram a ser considerados grandes pólos produtores do país, cujas
plantações estendiam-se em largas superfícies uniformes, formando os
famosos “mares de café”. Este também foi um período de grandes
conquistas para o Vale do Paraíba.
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