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Ainda assim, a Argentina atenua os efeitos da crise graças a um tratado assinado em 1933 com a Grã-Bretanha, o chamado Tratado de Roca-Runciman, que direcionava as exportações argentinas para aquele país, em troca da entrada de produtos ingleses no mercado argentino. Entretanto, a Argentina ainda sofria com a instabilidade econômica e política.
A crise e o conflito mundial, bem como seu corolário, a Guerra Fria, somado à Guerra Civil Espanhola, a forte presença de imigrantes alemães e italianos, a clássica postura de neutralidade na diplomacia, só quebrada por Carlos Menen repercutiram nos meios que seriam projetados para fazer frente aos problemas herdados de épocas anteriores: a democratização da vida política e social, bem como um projeto de desenvolvimentismo.[5]
A guerra produz o fechamento de mercados essenciais para a economia argentina: a redução das exportações agrícolas e da venda de carne para o governo britânico. E mais, a falta de insumos e de bens de capital se revela como o grande problema para a Argentina durante a guerra. Mas as conseqüências da crise de 29 davam sinais de mais dificuldades e uma restauração remota da economia.
Em 1943 um golpe militar promovido pelos generais Pedro Pablo Ramirez e Edelmiro Farrel, leva à cúpula do poder o então coronel Juan Domingo Perón, que, com sua capacidade de mobilização das massas e carisma pessoal, vence as eleições presidenciais de 1946.[6]
O levante militar de 1943 e a ascensão de Perón dão termo a uma década de fraude conservadora, e coloca em marcha uma transformação profunda na sociedade argentina, que se inicia com uma ordem castradora de direitos e assimilação de uma invertida organização social[7]Como se observa, o peronismo, um rebento do golpe de 1943, será o elemento detonante de grandes mudanças, em especial, a participação das massas operárias, o afastamento das velhas oligarquias, o apoio da Igreja Católica e o distanciamento do governo de Washington, num claro quadro de antiamericanismo.
Antes de Perón, no período compreendido entre o golpe de 43 e as eleições de 46, assolada por agitações políticas e protestos de toda ordem, os militares se empenham em abafar o descontentamento, utilizando uma fórmula que misturava nacionalismo e autoritarismo: dissolveram os partidos políticos, promoveram uma onda de arrestos, o estado de sitio, intervenção nas universidades, banindo os intelectuais de orientação liberal, além, é claro, da censura prévia. Vale lembrar que, diante das medidas citadas, a introdução por decreto do ensino religioso nas escolas aproximou o regime da Igreja Católica.
Vale ressaltar que a popularidade de Perón é alçada por dois fatos que merecem consideração: o primeiro foi a criação do chamado "Aguinaldo", o décimo terceiro salário, pela Secretaria de Trabalho e Previdência, comandada por Perón. E o segundo foi norteado pela onda nacionalista provocada pelo incidente "Braden". Neste, o governo norte americano, por intermédio do Secretário para Assuntos Latino-Americanos dos EUA, liga o governo vigente às manobras do Eixo. Perón promove campanha com o slogan "Braden ou Perón!" O apelo peronista acende a chama nacionalista, acusando a ingerência americana na política argentina, capitalizando votos para o Partido Laborista, e contando com o apoio da Central Geral de Trabalhadores.
A crise e o conflito mundial, bem como seu corolário, a Guerra Fria, somado à Guerra Civil Espanhola, a forte presença de imigrantes alemães e italianos, a clássica postura de neutralidade na diplomacia, só quebrada por Carlos Menen repercutiram nos meios que seriam projetados para fazer frente aos problemas herdados de épocas anteriores: a democratização da vida política e social, bem como um projeto de desenvolvimentismo.[5]
A guerra produz o fechamento de mercados essenciais para a economia argentina: a redução das exportações agrícolas e da venda de carne para o governo britânico. E mais, a falta de insumos e de bens de capital se revela como o grande problema para a Argentina durante a guerra. Mas as conseqüências da crise de 29 davam sinais de mais dificuldades e uma restauração remota da economia.
Em 1943 um golpe militar promovido pelos generais Pedro Pablo Ramirez e Edelmiro Farrel, leva à cúpula do poder o então coronel Juan Domingo Perón, que, com sua capacidade de mobilização das massas e carisma pessoal, vence as eleições presidenciais de 1946.[6]
O levante militar de 1943 e a ascensão de Perón dão termo a uma década de fraude conservadora, e coloca em marcha uma transformação profunda na sociedade argentina, que se inicia com uma ordem castradora de direitos e assimilação de uma invertida organização social[7]Como se observa, o peronismo, um rebento do golpe de 1943, será o elemento detonante de grandes mudanças, em especial, a participação das massas operárias, o afastamento das velhas oligarquias, o apoio da Igreja Católica e o distanciamento do governo de Washington, num claro quadro de antiamericanismo.
Antes de Perón, no período compreendido entre o golpe de 43 e as eleições de 46, assolada por agitações políticas e protestos de toda ordem, os militares se empenham em abafar o descontentamento, utilizando uma fórmula que misturava nacionalismo e autoritarismo: dissolveram os partidos políticos, promoveram uma onda de arrestos, o estado de sitio, intervenção nas universidades, banindo os intelectuais de orientação liberal, além, é claro, da censura prévia. Vale lembrar que, diante das medidas citadas, a introdução por decreto do ensino religioso nas escolas aproximou o regime da Igreja Católica.
Vale ressaltar que a popularidade de Perón é alçada por dois fatos que merecem consideração: o primeiro foi a criação do chamado "Aguinaldo", o décimo terceiro salário, pela Secretaria de Trabalho e Previdência, comandada por Perón. E o segundo foi norteado pela onda nacionalista provocada pelo incidente "Braden". Neste, o governo norte americano, por intermédio do Secretário para Assuntos Latino-Americanos dos EUA, liga o governo vigente às manobras do Eixo. Perón promove campanha com o slogan "Braden ou Perón!" O apelo peronista acende a chama nacionalista, acusando a ingerência americana na política argentina, capitalizando votos para o Partido Laborista, e contando com o apoio da Central Geral de Trabalhadores.
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