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Após um interlúdio de uma geração de lutas internas articuladas em torno das sucessões no trono, mas que também envolviam sempre um confronto entre senhores e os homens livres que resistiam a sua paulatina submissão à servidão feudal, a Hungria iniciou outro período estável sob Géza II (1141-61) que, além da rivalidade papa/ imperador – era a época de Frederico Barbarossa, que passou seu longo reinado na luta, de resto inconclusiva, com o papado pela hegemonia européia–, estava agora equilibrando sua política externa contando também com o temporário recrudescimento do poder de Bizâncio. Dominando uma das rotas comerciais –a terrestre – que conectavam as regiões mais dinâmicas da Europa sobre o canal da Mancha e o Báltico com o oriente (Pérsia, Índia, China), a Hungria prosperava entre os demais grandes reinos europeus junto com a França, o Sacro Império Romano ou a Inglaterra.
A sucessão de Géza se deu em meio a novas disputas, com candidatos rivais ao trono sendo apoiados por bizantinos, o papado e o Sacro Império Romano. Finalmente ascendeu ao trono um jovem príncipe educado na corte de Bizâncio, Béla III (1173-96).
Bizâncio podia estar em plena decadência, mas ainda dispunha do aparelho estatal mais desenvolvido do mundo, aí se incluindo a cambaleante China. Béla III (que teve uma educação na corte de Constantinopla para eventualmente assumir o trono bizantino) aproveitou seus conhecimentos de administração governamental e montou uma burocracia eficiente sem precedentes na Hungria. Esta lhe possibilitou cobrança de impostos e pedágios, desenvolver osText Box: O grande selo de
III Béla monopólios reais de mineração de sais e de metais, ampliando seu poder baseado nas suas já imensas possessões pessoais. Quando pediu a filha do rei da França em casamento, aquele se informou sobre a fortuna de Béla e a história registra que esta era apenas superada (e por parcos 10%) pelos bens do rei nais rico da Europa da época, Ricardo Coração‑de‑Leão[1]. Ao novo declínio de Bizâncio, reocupou imediatamente a Croácia e a Dalmácia, incluidas as cidades costeiras, deixando Veneza na espera de uma oportunidade melhor para assenhorar‑se delas de novo algum dia.
A sucessão de Géza se deu em meio a novas disputas, com candidatos rivais ao trono sendo apoiados por bizantinos, o papado e o Sacro Império Romano. Finalmente ascendeu ao trono um jovem príncipe educado na corte de Bizâncio, Béla III (1173-96).
Bizâncio podia estar em plena decadência, mas ainda dispunha do aparelho estatal mais desenvolvido do mundo, aí se incluindo a cambaleante China. Béla III (que teve uma educação na corte de Constantinopla para eventualmente assumir o trono bizantino) aproveitou seus conhecimentos de administração governamental e montou uma burocracia eficiente sem precedentes na Hungria. Esta lhe possibilitou cobrança de impostos e pedágios, desenvolver osText Box: O grande selo de
III Béla monopólios reais de mineração de sais e de metais, ampliando seu poder baseado nas suas já imensas possessões pessoais. Quando pediu a filha do rei da França em casamento, aquele se informou sobre a fortuna de Béla e a história registra que esta era apenas superada (e por parcos 10%) pelos bens do rei nais rico da Europa da época, Ricardo Coração‑de‑Leão[1]. Ao novo declínio de Bizâncio, reocupou imediatamente a Croácia e a Dalmácia, incluidas as cidades costeiras, deixando Veneza na espera de uma oportunidade melhor para assenhorar‑se delas de novo algum dia.
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