Bienal
Desmaterializando a obra de arte do fim do milênio
Faço um quadro com moléculas de hidrogênio
Fios de pentelho de um velho armênio
Cuspe de mosca, pão dormido, asa de barata torta
Meu conceito parece, à primeira vista,
Um barrococó figurativo neo expressionista
Com pitadas de arte nouveau pós-surrealista
calcado da revalorização da natureza morta
Minha mãe certa vez disse-me um dia,
Vendo minha obra exposta na galeria,
“Meu filho, isso é mais estranho que o c.u da jia
E muito mais feio que um hipopótamo insone”
Pra entender um trabalho tão moderno
É preciso ler o segundo caderno,
Calcular o produto bruto interno,
Multiplicar pelo valor das contas de água, luz e telefone,
Rodopiando na fúria do ciclone,
Reinvento o céu e o inferno
(...)
BALEIRO, Zeca.
A música “Bienal”, do compositor Zeca Baleiro, é um
interessante comentário sobre determinados aspectos
da arte atual e da forma como se enxerga a cultura.
Especialmente no trecho “Pra entender um trabalho tão
moderno/É preciso ler o segundo caderno”, há diretamente
uma crítica
à inexistência de qualquer análise em jornais e revistas
acerca da arte, item fundamental da cultura.
à dependência da cultura dita “erudita” da aprovação
dos críticos acadêmicos e da imprensa especializada.
à inexistência de qualquer valorização social da arte
hoje em dia.
à mudança na sociedade onde se assumiu a cultura
erudita como o único tipo de arte, levando à extinção da
cultura popular.
ao fato de toda arte no século XX não ser mais nada que
uma cópia de períodos anteriores.
Respostas
respondido por:
14
Á mudança na sociedade onde se assumiu a cultura erudita como unico tipo de arte, levando a extinçao da cultura popular
respondido por:
14
Letra B- à dependência da cultura dita “erudita” da aprovação
dos críticos acadêmicos e da imprensa especializada.
Nesse trecho, ha uma referencia ao "Segundo Caderno", parte do jornal O Globo dedicado à arte. A música critica muito esse novo estilo de arte onde só o próprio artista entende a sua obra, dependendo portanto, da imprensa especializada para que outras pessoas tenham certo "acesso" àquela obra e entender seu significado.
dos críticos acadêmicos e da imprensa especializada.
Nesse trecho, ha uma referencia ao "Segundo Caderno", parte do jornal O Globo dedicado à arte. A música critica muito esse novo estilo de arte onde só o próprio artista entende a sua obra, dependendo portanto, da imprensa especializada para que outras pessoas tenham certo "acesso" àquela obra e entender seu significado.
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