• Matéria: Português
  • Autor: Mayaraoliveirafarias
  • Perguntado 9 anos atrás

sobre Gregório de Matos , Qual a importância de sua poesia na literatura barroca brasileira ?.
mim ajudem por favor !!

Respostas

respondido por: linda272
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Quem foi 

 

Gregório de Matos e Guerra foi um importante poeta colonial brasileiro do século XVII. Nasceu em 7 de abril de 1633, na cidade de Salvador (Bahia). 

 

Vida e obras 

 

Era de uma família rica, formada por empreiteiros e altos funcionários administrativos. Estudou num colégio Jesuíta da Bahia e depois continuou seus estudos na cidade de Lisboa e depois na Universidade de Coimbra, onde se formou em Direito. Neste país fez carreira de jurista.



Ao retornar ao Brasil, passa a viver de trabalhos na área jurídica, mas também começa sua dedicação à literatura. Passa a escrever sátiras sobre a sociedade da época. Em função de suas críticas duras aos integrantes da sociedade (políticos, religiosos, empresários) ganhou o apelido de “boca do inferno”. Também escreveu poemas de caráter erótico e amoroso.



As autoridades locais começaram a ficar descontentes com as críticas e passaram a perseguir Gregório de Matos. Preso em 1694, foi deportado para Angola (África). 



Depois de um tempo, ganha a autorização para retornar ao Brasil. Porém, vai viver na cidade de Recife. Nesta cidade, faleceu em 26 de novembro de 1696 de febre que havia contraído em Angola.

 

Poema de Gregório de Matos:



A EL REY D. PEDRO II COM UM ASTROLABIO DE TOMAR O SOL, QUE MANDOU O Pe. VALENTIM STANCEL DEDICADO AO RENASCIDO MONARCA.

Este, Senhor, que fiz leve instrumento 
Para pesar o sol a qualquer hora, 
Dedico a aquele Sol, a cuja aurora 
Já destinam dous mundos rendimento. 


Desta minha humildade, e desalento, 
Que a sua quarta esfera não ignora, 
subindo a oitavo céu, pertende agora 
A estrela achar no vosso firmamento. 


Eu, que outro sol no seu zenith pondero 
Aos do Nascido Soberanos Raios, 
Pesando-me eu a mim me desespero. 


Mas vós, Águia Real, esses ensaios 
Entre os vossos levai, pois considero, 
Que nunca em tanta sombra houve desmaios.

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