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Germinal é um romance do escritor Émile Zola, o décimo terceiro da série Les Rougon-Macquart e possivelmente um dos mais famosos.
A cena tem lugar no norte da França durante uma greve provocada pela redução dos salários. Além dos aspectos técnicos das extrações minerais e as condições de vida nos agrupamentos dos mineiros, Zola também descreve o princípio da organização política e sindical da classe operária, tais como as divisões já existentes entre marxistas eanarquistas.
Para compor Germinal, o autor passou dois meses trabalhando como mineiro na extração de carvão. Viveu com os mineiros, comeu e bebeu nas mesmas tavernas para se familiarizar com o meio. Sentiu na carne o trabalho sacrificado, a dificuldade em empurrar um vagonete cheio de carvão, o problema do calor e a umidade dentro da mina, o trabalho insano que era necessário para escavar o carvão, a promiscuidade das moradias, o baixo salário e a fome. Além do mais, acompanhou de perto a greve dos mineiros.
Um homem jovem chega de madrugada na cidade de Marchiennese e logo vê um grande terreno, onde fica uma mina chamada Voreux. Seu nome era Etiénne, e logo percebeu que os mineiros eram pobres, faziam um trabalho cansativo, lutando por cada centavo que recebiam. Mesmo assustado, Etiénne procurou um emprego por lá. Quando uma trabalhadora chamada Fleurence morreu, Etiénne ocupou seu lugar. Na mina, as condições eram péssimas. Para escavar, os mineiros tinham que se ajoelhar, além da temperatura ser de 35°C e o ar não circulava. No intervalo, Etiénne contou que foi despedido de seu último emprego por dar um soco em seu chefe, afirmando que estava bêbado. Enquanto Etiénne não tinha lugar para ficar, ele ficou na casa da família Maheu, onde o pai se chamava Maheu e a filha se chamava Catherine. Catherine conhecia Chaval, e ele queria casar com ela à força, tentando beijar ela a qualquer custo. Na casa dos Gregóire havia uma renda de mil francos. A mãe, o pai e os filhos maiores iam trabalhar na mina, enquanto os menores pediam esmolas. Nas minas o trabalho era tão pesado que a fome era grande. Sua vida baseava-se em uma rotina inalterável por conta do problema financeiro. Acordavam cedo todas as manhãs para trabalhar nas minas e voltavam na metade do dia para o almoço. Após o intervalo, voltavam à mina e trabalhavam até tarde. Para realizar a higiene pessoal, banhavam-se em uma tina, partilhando todos da mesma água. Como a situação da família não era boa, o filho Jeanlin teve uma ideia: a família comeria menos salada para vender nas cidades próximas. Havia um canto não operacional na mina, onde os jovens se encontravam. Étienne ia se habituando ao trabalho na mina. Seu trabalho bem feito era de se admirar. Surgiam ideias revolucionárias em sua mente. Como era inexperiente, pedia ajuda a Pluchart, membro da Internacional. Suas ideias políticas eram passadas a Étienne e se resumiam aos mineiros explorados. Eles tinham ideias semelhantes: deviam arrecadar dinheiro dos revoltos, que seria útil no futuro. Rasseneur, dono da taverna, achava que a caixa de previdências não daria certo. Étienne foi morar na casa de Maheu. Este amava, mas não falava com Catherine. A influência de Étienne incentivou toda a aldeia, onde a caixa de previdências começou a funcionar. Étienne foi nomeado secretário da associação e recebia até um pequeno salário por cuidar da contabilidade. Sem dinheiro para comida, começaram a surgir os primeiros pensamentos sobre uma possível greve. Quando Maheu foi pegar seu salário, se espantou, devido à diminuição. Pensou em protestar, mas não teve coragem. A injustiça havia aumentado muito, começou a greve. Etiénne resumiu a situação: "Se a companhia quer greve, ela vai ter greve". Depois de uma semana, o trabalho continuou, á espera do conflito. De repente, ocorreu um desmoronamento e Jeanlin estava sozinho no seu setor, acabou ficando soterrado. Maheu o achou depois de um tempo, com as duas pernas quebradas. Para piorar a situação dos Maheu, Catherine é obrigada a ir morar com Chaval, deixando menos dinheiro para a família. A diminuição dos salários é a gota d'água que causa a rebelião. Esta se inicia na mina de Vourex e vai se agravando ao longo do tempo. A principal consequência da greve é a falta de condições básicas, causada pela privação de salários. A família de Maheu é um forte exemplo desse sofrimento...