Ironia de LágrimasJunto da morte é que floresce a vida!Andamos rindo junto à sepultura.A boca aberta, escancarada, escuraDa cova é como flor apodrecida.A Morte lembra a estranha MargaridaDo nosso corpo, Fausto sem ventura…Ela anda em torno a toda criaturaNuma dança macabra indefinida.Vem revestida em suas negras sedasE a marteladas lúgubres e tredasDas Ilusões o eterno esquife prega.E adeus caminhos vãos mundos risonhos!Lá vem a loba que devora os sonhos,Faminta, absconsa, imponderada cega!SOUZA, J. da C. E. In: Últimos Sonetos. Rio de Janeiro: Editora da UFSC/Fundação Casa de Rui Barbosa/FCC, 1984.O eu lírico ao longo do poema revela a natureza de seu convívio com a morte. Ao fazer uso da figura do lobo na estrofe final, fica evidente aa) dualidade da figura da morte, que tanto faz florescer a vida quanto a devora.b) dúvida sobre a racionalidade da morte, na alusão à animalidade do lobo.c) desonestidade da morte, que se traveste em lobo para engar o eu lirico.d) derrota da morte, que, não podendo entender o homem, o devora.e) violência inata à ação da morte, da qual o eu lirico sente medo.
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e) violência inata à ação da morte, da qual o eu lirico sente medo.
Pois a figura do lobo representa temor a morte.
Pois a figura do lobo representa temor a morte.
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