Respostas
Firmada em 1815, a Santa Aliança foi um pacto
feito entre alguns países europeus que, em síntese, pregava a manutenção de
monarquias absolutistas na Europa. Isso incluía também, a tentativa de
recolonizar os países americanos que se haviam tornado independentes. Como
resposta a essa doutrina, o presidente estadunidense James Monroe elaborou um documento,
aprovado pelo Congresso norte-americano em 02 de dezembro de 1823, no qual
pregava a não-intervenção dos países europeus nas nações americanas: a Doutrina
Monroe, que se tornou o pilar das relações dos Estados Unidos para com o mundo
daquela época.
A Doutrina Monroe partia da política isolacionista de George Washington, o qual afirmava que a Europa tinha um conjunto de interesses elementares sem relação com os interesses estadunidenses; e de Thomas Jefferson, que dizia que a América teria um hemisfério para si. Em tese, os Estados Unidos se apresentavam como defensores das nações latino-americanas recém-emancipadas, repudiando qualquer tentativa de recolonização: “a América para os americanos”. Na verdade, a política acabou se tornando o principal instrumento ideológico a serviço da subordinação da América Latina aos interesses estadunidenses. De uma forma ou de outra, a intenção verdadeira era construir uma “América para os estadunidenses”. Além disso, vale ressaltar que a Doutrina Monroe era algo essencialmente moral, visto que a capacidade militar dos Estados Unidos naquela época não ultrapassava a região do Caribe. De qualquer forma, a política serviu para aumentar a hegemonia estadunidense no continente americano, além de permitir que os Estados Unidos continuassem a aumentar suas fronteiras em direção ao Oeste.