Question

Quais os três estágios para transformação da matéria-prima em produtos elaborados

Answer 1

É GRANDE MAIS AJUDA.
A cada dia que passa, o ciclo da vida dos produtos diminui e o número de
aperfeiçoamentos aumenta, devido a aceleração das mudanças tecnológicas estar
promovendo processos alternativos e/ou substitutos que invariavelmente, podem atingir
desempenhos superiores por menores custos. Computadores, máquinas, tratores e
implementos florestais muitas vezes, tornam-se tecnologicamente obsoletos muito antes de
completar sua vida útil.
Já se tornou notório que os recursos florestais devem ser manejados visando
satisfazer não só necessidades econômicas e sociais, mas também culturais e ecológicas das
comunidades presentes e futuras. A crescente conscientização da sociedade moderna acerca
da exploração irracional das florestas, tem levado os consumidores, a exigirem dos
fornecedores de madeira e demais produtos florestais, melhores procedimentos visando
garantir que seus recursos silvicultarais, estejam em conformidade a um plano de manejo
sustentado, adequado, responsável, socialmente benéfico e economicamente viável perante
um conjunto de padrões amplamente reconhecidos e respeitados em todo o mundo.
Mediante este diagnóstico, indústrias florestais mais inovadoras têm investido em
programas de certificação florestal e/ou conotação mais ampla como a ISO 14.001.
2. CARACTERIZAÇÃO DOS PRODUTOS FLORESTAIS
Os produtos florestais são constituídos em grande parte de derivados de madeira,
entretanto não são os únicos. Existem produtos não madeiráveis como: borracha, resina,
palmitos, nozes/frutos, mel, essências medicinais, etc. Outros benefícios da silvicultura
podem ser traduzidos como serviços: recreação, beleza cênica, manutenção da
biodiversidade, estabilidade ambiental, etc. Muitos destes serviços, ainda não geram ao país,
dividendos significativos como verificado na Europa por exemplo, todavia representam um
nicho de mercado potencial à ser explorado através do turismo ecológico, de atividades
esportivas ligadas à natureza, educação ambiental e demais eventos proporcionados aos
anseios da sociedade, e que podem responder com lucros satisfatórios, quando bem
empregados os investimentos neles realizados.
De maneira tradicional, na qual o Brasil já detém certo domínio, os produtos
madeiráveis respondem por receitas significativas, alcançando cifras de 15 bilhões de
dólares anuais, o que representa cerca de 4% do PIB. Estes produtos sofrem processamento
primário (toras, cavacos, serrados e lâminas) e secundário (polpa de celulose, papel,
aplainados, pisos, móveis, compensados, revestimentos, etc). De forma estrutural podem
ser assim sintetizados (figura 1):
Segmento
das Toras
Produtos
Primários
Produtos
Secundários
Fino
Cavacos
Lenha
Polpa...Papel
Reconstituídos
• Aglomerado
• MDF
• OSB
• Outros
Médio
Serrados
Aplainados
Molduras
Pisos
Dormentes
Artefatos
Grosso
Lâminas
Compensados
Painéis
Revestimentos
Figura 1 – Etapas do Fluxo de Produção de Produtos Madeiráveis.
De maneira conjugada, os produtos secundários originam produtos finais de maior
valor agregado como os móveis mais sofisticados ou de uso mais específico. Nesta cadeia
de agregação de valor, faz-se necessário a utilização pesada de investimentos em tecnologia
de produção visando maximizar a produtividade e principalmente, reduzir perdas de
matéria-prima, cada vez mais dispendiosa e restrita pela ação do homem ao meio ambiente.
De acordo com ROASIO (1991), as indústrias florestais devem incorporar uma “maneira
crescente de elementos que permitam classificar, medir, alinhar e destinar cada matériaprima
(os três segmentos da tora) para seu uso mais produtivo”. Tal processamento
múltiplo, se constituirá como elemento competitivo das indústrias no futuro, sejam elas de
pequeno ou grande porte, à medida que os custos de equipamentos e software, atingirem
níveis aceitáveis, afirma o autor.
3. CICLO DE VIDA DA MADEIRA
Como acontece em outros segmentos industriais, a especialização do trabalho
permite a transformação dos insumos através de máquinas, equipamentos, instalações, fluxo
de dados, procedimentos e pessoal, em produtos acabados ou semi-acabados por uma ou
várias industrias, gerando produtos cada vez mais complexos e alcançando usos mais
específicos. Nesta transformação, os usos alternativos dos recursos materiais vão
diminuindo, até chegar a um ponto de ter apenas uma utilidade, informam BILICH e
CARNEIRO (1992).
Na figura 1, mostrou-se que a madeira de uma árvore pode ser aproveitada para a
confecção de inúmeros produtos, seja no seu estado natural (madeira sólida) ou na
composição físico-química com outros elementos (celulose, carvão vegetal, aglomerado,
etc.). Na maioria destes produtos, ainda não se permite, de maneira economicamente viável,
o retorno a estágios anteriores de transformação com finalidade de reaproveitamento do
material. Quando o ciclo de vida dos produtos florestais termina, principalmente os
madeiráveis, de modo geral, surge a idéia de fornecimento à comb