Leia o texto que segue:
A república dos doutores
As regras do uso legítimo do título de doutor dizem que doutores são os que completam um doutorado e, por consideração especial, os médicos. No entanto, graças a uma sabedoria vital em nosso mundo, ele sabia certamente que o título de doutor do senhor E. não designa uma excelência acadêmica, mas serve para significar uma distância social.
A alusão a uma educação superior, que é contida no título "doutor", serve também para justificar o privilégio: se alguém é doutor, "merece" ser rico. Com isso, a classe média, sempre ameaçada por seu retrocesso, pode acreditar que seu privilégio não seja arbitrário e efêmero.
Enfim, é provável que o uso de "doutor" como índice e justificação do privilégio social seja um sintoma constante em todas as sociedades em que formas arcaicas de domínio desvirtuam as formas modernas da diferença social. "Doutor", nessas sociedades, não é médico nem pós-graduado: é quem tem cartão de crédito, acesso à sala VIP do aeroporto e carro importado.
CALLIGARIS, Contardo. A república dos doutores. Disponível em: . Acesso em: 10 de jun. de 2016 (adaptado).
O texto faz críticas a questões que envolvem o pensamento brasileiro em relação:
ALTERNATIVAS
Ao modo como todas as pessoas com formação adequada são tratadas.
Ao fato de que, para ser doutor, no Brasil, é preciso buscar formação adequada.
Ao fato de que, no Brasil, as questões econômicas e de status determinam formas de tratamento.
Ao fato de que não ser, de modo algum, praticada a menção honrosa a uma pessoa pelo que ela tem de bens materiais.
Ao fato de que todos são vistos como iguais, pois é a formação acadêmica que determina o modo de se referir a alguém como doutor.
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Ao fato de que, para ser doutor, no Brasil, é preciso buscar formação adequada.
MAFR:
ALTERNATIVA C
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