Gregório de Matos Guerra apresenta, ao lado de versos líricos amorosos e religiosos, versos de
uma forte postura crítica diante dos fatos ocorridos na Bahia do século XVII. Nestes poemas, a ironia
corrosiva do poeta expõe os hábitos hipócritas da sociedade da época. Neles invadiu a vida privada dos
cidadãos baianos, mesmo a dos grupos de mais prestígio, apurando fatos, investigando,
esquadrinhando a moral e costumes daquela sociedade imortalizando seu discurso denunciador como o
“Boca do Inferno”. Com base nesta afirmação, marque a alternativa que demonstra claramente o
discurso irônico de Gregório de Matos.
a) Do Prado mais ameno a flor mais pura,
Que em fragrâncias o alento há desatado
Hoje a fortuna insípida há roubado.
b) Filhós, fatias, sonhos, mal-assadas
Galinhas, porco, vaca, e mais carneiro,
Os perus em poder do Pasteleiro,
c) A Deus vão pensamento, a Deus cuidado,
Que eu te mando de casa despedido
Porque sendo de uns olhos bem nascidos.
d) O Fidalgo de solar
se dá por envergonhado
de um tostão pedir prestado
para o ventre sustentar:
diz, que antes o quer furtar
por manter a negra honra
e) Que és terra homem, e em terra hás de tornar-te,
te lembra hoje Deus por sua Igreja.
Respostas
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alternativa ''d'', onde há presença de crítica aos fidalgos.
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