• Matéria: História
  • Autor: sabellyd5iedio
  • Perguntado 9 anos atrás

tema: Jerusalém1-Quais são as duas partes em que a cidade se divide? Qual é a diferença entre elas?2-quais são as duas línguas faladas na cidade?

Respostas

respondido por: jenniferkamily
7
Não é um problema fácil. A parte árabe de Jerusalém não tem sido tratada há 60 anos e ficou completamente para trás. Reabilitá-la equivaleria a colocar todo o orçamento aí e não deixar nada para a outra parte. Em termos de infraestrutura viária, água e eletricidade são necessários milhões para colocar a parte árabe no mesmo nível da parte judia. O mesmo ocorre com as escolas. Na parte árabe, faltam mil salas de aula ao ano e a prefeitura só consegue financiar 80. Faltam parques, indústrias, que não há nenhuma, aliás. As diferenças de desenvolvimento entre a parte judia e a parte árabe são evidentes, mas não é um problema de má fé, absolutamente. O problema é que economicamente não podemos. Jerusalém não é uma capital rica, é uma capital pobre. O governo tem que ajudar. Por isso tenho medo que algum dia isso exploda. Espero que não cheguemos a isso. O prefeito de Jerusalém acredita em uma capital unificada, mas, para isso, é preciso investir na parte árabe. Ele quer melhorar as estradas, os colégios, mas os palestinos querem a independência. Mas há leis que impedem que um palestino rico de Ramallah invista em Jerusalém. É verdade. Não deixam que eles comprem terras ou terrenos. Jerusalém está dividida e o problema é que a parte judia domina as duas partes, estabelece as leis para os dois setores. Jerusalém é um tema de disputa importante entre israelenses e palestinos. Como reunir em uma mesma mesa dois antagonistas que pretendem a mesma terra para o mesmo fim, ou seja, ser a capital do Estado? Tudo tem solução. Já foi comprovado que vamos ter que devolver quase 100% dos territórios. Isso foi feito com o Egito, com o Líbano, com a Jordânia e será feito com os palestinos. No que diz respeito ao pleito legítimo sobre a segurança de Israel, também deverá ser encontrada uma solução. E com Jerusalém ocorrerá o mesmo. Não é um problema religioso, é um problema nacional entre palestinos e israelenses. A Cidade Velha está divida em quatro setores: a parte muçulmana, que será para os palestinos, a parte cristã também será para eles, a parte judia ficará em mãos de Israel e a parte armênia, bem, sobre ela será preciso chegar a um acordo. Quanto à parte sagrada, cabe observar que a maioria das pessoas aqui não é religiosa. Israel é um país laico e democrático. A Palestina também. Entre os árabes, os palestinos são os mais laicos de todos. Então, creio que as mesquitas ficarão sob responsabilidade dos palestinos e o Muro das Lamentações sob o controle de Israel. Pode-se fazer algo combinado entre israelenses e palestinos e isso pode envolver outros países como Estados Unidos e Egito que podem ficar encarregados de controlar a ordem e a disciplina nestas áreas. Tudo pode ser acertado. Todos sabem qual é a solução, mas não se atrevem a chegar a ela. No entanto, a guerra da ocupação de áreas em Jerusalém existe e as políticas discriminatórias com os palestinos também. Essas são as enfermidades herdadas da ocupação. Por isso acredito que o tempo não está jogando a favor, nem de Israel, nem dos palestinos. Há muito mito em torno de Jerusalém. A cultura árabe é muito diferente da israelense e cada um quer conservar sua cultura. De algum modo, Jerusalém já está dividida como se fosse uma capital de dois Estados. Isso é o que costumo dizer. Reconheço que há lugares que são problemáticos, mas o problema maior é seguir assim.
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