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Ficava cada vez mais claro que as Cortes tentavam fazer com que o Brasil voltasse à condição de Colônia, restabelecendo a situação anterior ao período em que D. João permanecera no Rio de Janeiro.
Os decretos recolonizadores das Cortes provocaram profunda insatisfação no Brasil. Durante o ano de 1821, marcado pelos trabalhos constitucionais, a agitação e o descontentamento cresceram. As atitudes das Cortes, recusando a paridade plena dos dois reinos, demonstravam ser impossível uma monarquia constitucional para o Reino Unido. Segundo a historiadora Emília Viotti da Costa, "À medida que as decisões das Cortes portuguesas relativas ao Brasil já não deixavam lugar para dúvidas sobre as suas intenções, crescia o partido da Independência".
O príncipe D. Pedro enfrentava sérias dificuldades financeiras, decorrentes do esvaziamento do Banco do Brasil pois D. João, ao retornar a Lisboa, levara quase todo o dinheiro do Banco.
Em 11 de dezembro de 1821 chegaram ao Rio as novas notícias vindas do Reino. Ordens expressas de Lisboa determinavam o regresso de D. Pedro a Portugal: "As Cortes Gerais Extraordinárias e Constituintes da Nação Portuguesa, havendo decretado em data de hoje a forma do governo e administração pública das províncias do Brasil, de maneira que a continuação da residência do príncipe real no Rio de Janeiro se torna não só desnecessária, mas até indecorosa à sua alta hierarquia. . .têm resolvido o seguinte: que o príncipe real regresse quanto antes para Portugal