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A Guerra Civil Americana, também conhecida como Guerra de Secessão ou Guerra Civil dos Estados Unidos (ver os nomes atribuídos ao evento), foi uma guerra civil travada entre 1861 e 1865 nos Estados Unidos depois de vários estados escravagistas do sul declararem sua secessão e formarem os Estados Confederados da América (conhecidos como "Confederação" ou "Sul"). Os estados que não se rebelaram ficaram conhecidos como "União" ou simplesmente "Norte". A guerra teve sua origem na controversa questão da escravidão, especialmente nos territórios ocidentais. As potências estrangeiras não intervieram na época. Após quatro anos de sangrentos combates que deixaram mais de 600 mil soldados mortos e destruíram grande parte da infraestrutura do sul do país, a Confederação entrou em colapso, a escravidão foi abolida, um complexo processo de reconstrução começou, a unidade nacional retornou e a garantia de direitos civis aos escravos libertos começou.
Na eleição presidencial de 1860, os republicanos, liderados por Abraham Lincoln, se opuseram à expansão da escravidão em territórios sob a jurisdição dos Estados Unidos. Lincoln venceu, mas antes de sua posse em 4 de março de 1861, sete estados escravistas com economias baseadas na produção de algodão formaram a Confederação. O então presidente democrata, James Buchanan, e os republicanos rejeitaram a secessão do sul como ilegal. Em seu discurso de posse, Lincoln declarou que sua administração não iria iniciar uma guerra civil. Os oito estados escravistas restantes continuaram a rejeitar os pedidos de secessão. As forças confederadas tomaram vários fortes federais no território reivindicado pela Confederação. Uma conferência de paz em 1861 não alcançou qualquer resultado e ambos os lados prepararam-se para a guerra. Os confederados assumiram que os países europeus eram tão dependentes do comércio de algodão que iriam acabar por intervir no conflito; no entanto, nenhum país interveio ou reconheceu a existência dos novos Estados Confederados da América.
As hostilidades começaram em 12 de abril de 1861, quando as forças confederadas tomaram Fort Sumter, um forte chave mantido por tropas da União na Carolina do Sul. Lincoln conclamou cada estado a fornecer tropas para retomar o forte e, consequentemente, mais quatro estados escravistas aderiram à Confederação, elevando o total de membros para onze. A União, no entanto, logo controlou os estados fronteiriços e estabeleceu um bloqueio naval que aleijou a economia sulista. A frente leste estava inconclusivo entre 1861 e 1862. No outono de 1862 campanha confederada em Maryland (um estado da União) terminou com o recuo confederado na Batalha de Antietam, dissuadindo uma intervenção britânica. [1] Lincoln emitiu a Proclamação de Emancipação, que tornou o fim da escravidão um objetivo de guerra.[2] No oeste, no verão de 1862, a União destruiu a marinha confederada, então muito de seus exércitos ocidentais cercaram Vicksburg e dividiram a Confederação em dois a partir do rio Mississippi. Em 1863, a incursão confederada ao norte, liderada por Robert E. Lee, terminou na Batalha de Gettysburg. Os sucessos no front ocidental levaram Ulysses S. Grant ao comando de todos os exércitos da União em 1864. No front ocidental, as tropas da União lideradas por William T. Sherman seguiram a leste para capturar a cidade de Atlanta e marcharam para o mar, destruindo a infraestrutura da Confederação ao longo do caminho. A União usou muitos recursos materiais e humanos para atacar a Confederação em todas as direções e pôde se dar ao luxo de promover uma guerra de exaustão na cidade de Richmond, a então capital confederada. O exército confederado falhou em sua defesa, levando à rendição de Lee à Grant durante a Batalha de Appomattox Court House, em 9 de abril de 1865. Todos os generais confederados renderam-se nesse verão.
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