• Matéria: Sociologia
  • Autor: jshx
  • Perguntado 8 anos atrás

faça uma redação (15 linhas no mínimo) sobre opressão vivida pelas mulheres

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respondido por: Carlos1BR
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Parte 1

Inês Armand, a primeira líder do departamento de mulheres da Revolução Russa de 1917, fez a seguinte observação: “ Se a libertação da mulher é impensável sem o comunismo, então o comunismo é impensável sem a libertação da mulher”. Esta afirmação é a síntese perfeita da relação entre a luta por socialismo e libertação da mulher – uma coisa não é possível sem a outra.

E a tradição marxista tem, desde seu início, com os escritos de Karl Marx e Frederick Engels o engajamento pela libertação da mulher. Na época em que foi escrito o ‘Manifesto Comunista’, Marx e Engels questionavam o fato de que as classe dominante oprime as mulheres, relegando a elas uma segunda classe de cidadania na sociedade e na família: “O burguês vê em sua esposa um mero instrumento de produção… Ele sequer suspeita que o real ponto almejado (por quem é comunista) é acabar com a ideia de que as mulheres são meros instrumentos de produção.

Marx não dedicou muito espaço em ‘O Capital’ descrevendo o papel preciso do trabalho doméstico feminino sob o capitalismo. Ele também não abordou a origem da opressão da mulher na sociedade de classes, embora no final de sua vida tenha se dedicado a escrever extensas notas etnológicas sobre este assunto no final de sua vida.

Após a morte de Marx, Engels usou algumas destas notas etnológicas para escrever ‘A origem da família, da propriedade privada e do Estado’, obra que examinou a crescente opressão da mulher como um produto da ascensão da sociedade de classes e da família nuclear. Ainda que seja necessário fazer revisões no livro de Engels, é preciso reconhecer que ele foi pioneiro em seu tempo para entender a opressão sofrida pelas mulheres, já que Engels escrevia no contexto da Inglaterra vitoriana – um tempo muito conservador que não apresentava espaço para o entendimento da condição das mulheres.

De fato, ‘A origem da família, da propriedade privada e do Estado’ é um livro digno de nota pela atenção que Engels cuidadosamente dispensou para os aspectos pessoais da opressão das mulheres dentro das famílias, incluindo a extrema degradação sofrida pelas mulheres nas mãos de seus maridos, com um grau de desigualdade desconhecido antes da sociedade de classes. Engels denominou o crescimento das famílias nucleares como ‘a derrota histórica mundial do sexo feminino’. Embora as notas de Marx sugerissem que essa derrota histórica mundial se iniciou bem anteriormente e culminou no surgimento da sociedade de classes, o resultado final é um enorme retrocesso para a igualdade entre homens e mulheres.

Além disso, Engels tratou explicitamente sobre o estupro e a violência construída contra a mulher quando foi iniciada a família nuclear:

O homem assumiu o comando em casa também; a mulher foi degradada e reduzida à servidão; ela se tornou a escrava de sua luxúria e um mero instrumento para a produção de crianças … A fim de ter certeza da fidelidade da esposa e, portanto, a paternidade de seus filhos, ela é entregue incondicionalmente no poder do marido; se ele matar ela, ele está simplesmente no exercício de seus direitos.

Engels também questionou o ideal de família monogâmica na sociedade de classes, dizendo que esta era baseada em hipocrisia. Desde seu a família foi carimbada ‘com o caráter específico da monogamia somente para a mulher, e não para o homem’. Enquanto os atos de infidelidade por parte da mulher são condenados , Engels escreveu que estes atos são considerados honrosos em um homem, ou, na pior das hipóteses, um ligeiro defeito moral que ele alegremente carrega.

Parte 2

Então, uma coisa que se destaca desde o início da tradição marxista sobre a libertação das mulheres é que as questões das mulheres nunca foram vistas teoricamente como só a preocupação das mulheres, mas eram uma preocupação de todos os líderes revolucionários, tanto lideres homens como mulheres. O revolucionário russo Leon Trotsky escreveu: “A fim de mudar as condições de vida, precisamos aprender a vê-las através dos olhos das mulheres.” Da mesma forma, o revolucionário russo Lenin comumente referia se a opressão das mulheres no seio da família como “escravatura doméstica”.



Carlos1BR: Desculpa
Carlos1BR: fiz mais de 15 linhas
jshx: vc pegou na internet?
Carlos1BR: sim
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