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As queimadas, entendidas como o fogo provocado pelo homem, são prejudiciais à manutenção do bioma cerrado, pois não permitem que a vegetação se recupere e se restabeleça no tempo natural.
Contudo, o fogo por causas naturais é um elemento ao qual o bioma cerrado se adaptou e do qual ele se beneficia. Primeiramente, o fogo não penetra muitos centímetros no solo (as camadas superficiais isolam termicamente as mais profundas) e a elevação da temperatura é momentânea, logo estruturas vegetais são preservadas abaixo da superfície e podem brotar novamente.
Outro efeito do fogo, de grande importância ecológica para os Cerrados, é a aceleração da remineralização da biomassa e a transferência dos nutrientes minerais nela existentes para a superfície do solo, sob a forma de cinzas. Desta forma, nutrientes que estavam imobilizados na palha seca e morta, inúteis portanto, são devolvidos rapidamente ao solo e colocados à disposição das raízes.
Dentre os efeitos bióticos do fogo no cerrado, um dos mais notáveis é a sua ação transformadora da fisionomia e da estrutura da vegetação. Como a vegetação lenhosa, embora tolerante, é bem mais sensível à ação do fogo, queimadas freqüentes acabam por reduzir substancialmente a manutenção e a renovação das árvores e arbustos, diminuindo progressivamente sua densidade. Em conseqüência, cerradões acabam por abrir sua fisionomia, transformando-se em campos cerrados, campos sujos ou até campos limpos. Assim, como o fogo freqüentemente abre a vegetação lenhosa, a proteção contra ele permite o inverso, isto é, campos sujos, por exemplo, podem transformar-se em cerradões depois de algumas décadas.
plantas do Cerrado emitem novos brotos logo após a queimada com grande rapidez e vigor. Bastam poucas semanas para que o verde reapareça e substitua o tom cinza deixado pelo fogo. Entre as árvores, o barbatimão é um bom exemplo desta incrível capacidade regenerativa. No estrato herbáceo/subarbustivo, bastam alguns dias para que seus órgãos subterrâneos recomecem a brotar. Curiosamente, muitas de suas espécies iniciam o rebrotamento com a produção de flores. Pouco tempo após a passagem do fogo, o Cerrado transforma-se num verdadeiro jardim, onde as diferentes espécies vão florescendo em seqüência. Este estímulo ou indução floral não é necessariamente provocado pela elevação da temperatura, como se poderia esperar. Em muitos casos é a eliminação total das partes aéreas das plantas que as faz florescer. Além de estimular ou induzir a floração, o fogo sincroniza este processo em todos os indivíduos da população, facilitando assim, a polinização cruzada. Se não houver queima, ou as plantas não florescem ou o fazem com muito menor intensidade e de forma não sincronizada
Contudo, o fogo por causas naturais é um elemento ao qual o bioma cerrado se adaptou e do qual ele se beneficia. Primeiramente, o fogo não penetra muitos centímetros no solo (as camadas superficiais isolam termicamente as mais profundas) e a elevação da temperatura é momentânea, logo estruturas vegetais são preservadas abaixo da superfície e podem brotar novamente.
Outro efeito do fogo, de grande importância ecológica para os Cerrados, é a aceleração da remineralização da biomassa e a transferência dos nutrientes minerais nela existentes para a superfície do solo, sob a forma de cinzas. Desta forma, nutrientes que estavam imobilizados na palha seca e morta, inúteis portanto, são devolvidos rapidamente ao solo e colocados à disposição das raízes.
Dentre os efeitos bióticos do fogo no cerrado, um dos mais notáveis é a sua ação transformadora da fisionomia e da estrutura da vegetação. Como a vegetação lenhosa, embora tolerante, é bem mais sensível à ação do fogo, queimadas freqüentes acabam por reduzir substancialmente a manutenção e a renovação das árvores e arbustos, diminuindo progressivamente sua densidade. Em conseqüência, cerradões acabam por abrir sua fisionomia, transformando-se em campos cerrados, campos sujos ou até campos limpos. Assim, como o fogo freqüentemente abre a vegetação lenhosa, a proteção contra ele permite o inverso, isto é, campos sujos, por exemplo, podem transformar-se em cerradões depois de algumas décadas.
plantas do Cerrado emitem novos brotos logo após a queimada com grande rapidez e vigor. Bastam poucas semanas para que o verde reapareça e substitua o tom cinza deixado pelo fogo. Entre as árvores, o barbatimão é um bom exemplo desta incrível capacidade regenerativa. No estrato herbáceo/subarbustivo, bastam alguns dias para que seus órgãos subterrâneos recomecem a brotar. Curiosamente, muitas de suas espécies iniciam o rebrotamento com a produção de flores. Pouco tempo após a passagem do fogo, o Cerrado transforma-se num verdadeiro jardim, onde as diferentes espécies vão florescendo em seqüência. Este estímulo ou indução floral não é necessariamente provocado pela elevação da temperatura, como se poderia esperar. Em muitos casos é a eliminação total das partes aéreas das plantas que as faz florescer. Além de estimular ou induzir a floração, o fogo sincroniza este processo em todos os indivíduos da população, facilitando assim, a polinização cruzada. Se não houver queima, ou as plantas não florescem ou o fazem com muito menor intensidade e de forma não sincronizada
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