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O que é filosofia escolástica?
Por Redação Mundo Estranho
access_time18 abr 2011, 18h56 - Atualizado em 19 ago 2016, 17h13
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É uma corrente filosófica nascida na Europa da Idade Média, que dominou o pensamento cristão entre os séculos XI e XIV e teve como principal nome o teólogo italiano São Tomás de Aquino. “Uma das contribuições mais importantes de São Tomás foi ter realizado uma releitura da obra de Aristóteles dentro de uma perspectiva cristã”, afirma o filósofo Marcelo Perine, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Com essa releitura, o pensador italiano tentou conciliar razão e fé, acreditando que não havia contradição entre elas, pois ambas vinham de Deus. Essa concepção é muito bem expressa por uma velha máxima sua: “Crer para poder entender e entender para crer.” São Tomás de Aquino dividiu o conhecimento humano em dois. O conhecimento sobrenatural seria aquele ensinado pela fé, como a aceitação da Trindade Divina, ou seja, Deus como Pai, Filho e Espírito Santo. Já o conhecimento natural viria à luz da razão, como os teoremas matemáticos.
Resposta:
A ESCOLÁSTICA
O termo Escolástica se refere à teologia cristã formulada a partir do século XI no Ocidente (cristandade latina). A origem etimológica latina é scolarum (escola).
Isto porque os principais intelectuais escolásticos trabalhavam em instituições de ensino. Podemos afirmar que a principal influência da Escolástica foi o pensamento aristotélico, e a principal rivalidade intelectual com os intelectuais árabes Averróis e Avicena (LIBERA, 1999).
Um dos primeiros autores escolásticos foi Santo Abelardo. Monge da Ordem de São Bento, autor de importantes escritos que visavam casar a fé cristã com a razão filosófica. No entanto, São Tomás de Aquino foi o principal formulador das teses escolásticas. Monge da Ordem Dominicana, seu primeiro livro foi a Suma Contra os Gentios, no qual combatia argumentativamente contra os intelectuais árabes maometanos da Península Ibérica (Averróis, Avicena).
Contudo, seu principal livro foi a Suma Teológica, um tratado no qual o autor reflete sobre múltiplas questões da vida nas esferas cultural, econômica e social, como a guerra, a paz, os lucros nas transações financeiras, a sexualidade, entre tantos outros, sempre com uma dupla lente, formada pelo cristianismo e o aristotelismo. Sua base racionalista o fez formular cinco vias que levam até Deus.
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