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as maiores populações do mundo ali se concentram (China e Índia); a língua mais falada e escrita do mundo (o chinês) também é asiática. O crescimento econômico tem alcançado níveis surpreendentes neste continente, o que podemos observar pelos fenômenos dos “Tigres asiáticos” , dos “Dragões asiáticos”, do Japão e da China comunista. A popularização da informática e dos eletrodomésticos só tem acontecido graças aos baixos custos de produção apresentado nestas áreas. A Ásia também foi palco de movimentos políticos importantes, tais como a independência pacífica da Índia, as guerras não vencidas pelas superpotências na Coréia, Vietnã e Afeganistão, e pelos novos modelos de capitalismo e socialismo adaptados à cultura tradicional.
Somam-se a estes fatores a consideração de que a História asiática está estruturada numa dinâmica bastante diferente da nossa, como acontece no caso da China e da Índia, que estão em processo de desenvolvimento civilizacional desde a antiguidade.Assim sendo, como não estudar a História Oriental?
Porque estudar a História Antiga do Oriente?
Na medida em que a História das civilizações asiáticas possui uma complexidade toda própria, como poderíamos compreender seus efeitos modernos sem conhecer as suas bases de formação?
Têm sido um erro bastante comum nas ciências humanas iniciar qualquer estudo sobre o Oriente consultando somente fontes modernas, em detrimento do conhecimento tradicional. Isso ocasiona um sério problema de superficialidade em estudos mais amplos, que se agravam seriamente nas pesquisas mais específicas.Além disso, as civilizações asiáticas possuem suas próprias tradições de construção do conhecimento histórico e científico. Como podemos, então, ignorá-las? Ou temos, teoricamente, o direito de subestimá-las, por não estarem de acordo com os nossos parâmetros ocidentais?
Além disso, o estudo da História Antiga das civilizações asiática torna-se necessário em virtude de suas singularidades. De que forma podemos compreender a História do Império Chinês, por exemplo, que durou do séc. –3 até +20? Ou da Índia, que não se reconhecia como um país até o séc. +19 (geograficamente falando), mas se compreendia unida pela religião hindu?
O estudo da Antiguidade Oriental nos possibilita, portanto: 1) Compreensão mais abrangente sobre os fenômenos sócio – políticos asiáticos; 2) Acesso a culturas diferentes e formas alternativas de pensamento; 3) revisão do próprio conceitual Ocidental, no que tange a sua aplicabilidade, universalidade e inteligibilidade.
Considerações sobre a História Asiática
É fundamental fazer uma análise do processo de construção da História asiática, levando em conta duas perspectivas principais: a) a produção feita na própria Ásia e b) aquela feita no Ocidente e/ou com técnicas ocidentais.
a) Perspectiva Asiática
Tomemos como primeiro exemplo a Índia. Até o estabelecimento dos ingleses, a civilização indiana não considerava a História como uma das principais disciplinas do saber. Em sua concepção, esta “ciência” se ligava ao estudo de eventos materiais, que seriam efêmeros, transitórios e, por conseguinte, falhos na compreensão de uma verdade superior (a transcendência, ou realidade definitiva). Desta forma, a Filosofia, a Religião, as Letras e as Ciências Naturais angariaram muito mais respeito do que o estudo histórico, que acabou sendo realizado, em geral, por estrangeiros (gregos, romanos, chineses, árabes, etc).
Num sentido completamente oposto, a China desenvolveu uma longa tradição de Estudos Históricos, que desde o século –10 produziu cronologias muito bem articuladas. Confúcio, o grande sábio chinês do séc. –6, foi um dos grandes defensores do estudo da História como forma de compreender a evolução da sociedade, esclarecendo questões morais e sociais. No período do sécs –2 –1 , o Historiador Sima Qian teria elaborado a primeira grande cronologia da História chinesa, utilizando uma série de métodos inovadores para época (pesquisa de documentos, verificação de data por tabelas astronômicas, etc.). A partir dele, houve uma sucessão de profissionais que preservaram e divulgaram a História das dinastias chinesas até o séc. +20, quando foi proclamada a república. Além disso, desde a antiguidade os chineses procuraram formar coleções de livros e de relíquias, e já no século +10 contavam com um método rudimentar de arqueologia. Buscaram também aplicar noções e procedimentos científicos (chineses) na elaboração de modelos explicativos (Sima Qian, por exemplo, aplicou a teoria dos 5 elementos na compreensão dos ciclos dinásticos).
b) Perspectiva Ocidental
Desde a Antiguidade o Ocidente vem mantendo contatos regulares com o Oriente, e no séc. +1 romanos e chineses já se citavam mutuamente. Apesar de terem ocorrido algumas épocas de menor comunicação, causadas por crises sociais e política periódicas, o intercâmbio entre Europa, Oriente Médio, Ásia Central e Extremo Oriente nunca arrefeceu, de fato. Uma mudança
Somam-se a estes fatores a consideração de que a História asiática está estruturada numa dinâmica bastante diferente da nossa, como acontece no caso da China e da Índia, que estão em processo de desenvolvimento civilizacional desde a antiguidade.Assim sendo, como não estudar a História Oriental?
Porque estudar a História Antiga do Oriente?
Na medida em que a História das civilizações asiáticas possui uma complexidade toda própria, como poderíamos compreender seus efeitos modernos sem conhecer as suas bases de formação?
Têm sido um erro bastante comum nas ciências humanas iniciar qualquer estudo sobre o Oriente consultando somente fontes modernas, em detrimento do conhecimento tradicional. Isso ocasiona um sério problema de superficialidade em estudos mais amplos, que se agravam seriamente nas pesquisas mais específicas.Além disso, as civilizações asiáticas possuem suas próprias tradições de construção do conhecimento histórico e científico. Como podemos, então, ignorá-las? Ou temos, teoricamente, o direito de subestimá-las, por não estarem de acordo com os nossos parâmetros ocidentais?
Além disso, o estudo da História Antiga das civilizações asiática torna-se necessário em virtude de suas singularidades. De que forma podemos compreender a História do Império Chinês, por exemplo, que durou do séc. –3 até +20? Ou da Índia, que não se reconhecia como um país até o séc. +19 (geograficamente falando), mas se compreendia unida pela religião hindu?
O estudo da Antiguidade Oriental nos possibilita, portanto: 1) Compreensão mais abrangente sobre os fenômenos sócio – políticos asiáticos; 2) Acesso a culturas diferentes e formas alternativas de pensamento; 3) revisão do próprio conceitual Ocidental, no que tange a sua aplicabilidade, universalidade e inteligibilidade.
Considerações sobre a História Asiática
É fundamental fazer uma análise do processo de construção da História asiática, levando em conta duas perspectivas principais: a) a produção feita na própria Ásia e b) aquela feita no Ocidente e/ou com técnicas ocidentais.
a) Perspectiva Asiática
Tomemos como primeiro exemplo a Índia. Até o estabelecimento dos ingleses, a civilização indiana não considerava a História como uma das principais disciplinas do saber. Em sua concepção, esta “ciência” se ligava ao estudo de eventos materiais, que seriam efêmeros, transitórios e, por conseguinte, falhos na compreensão de uma verdade superior (a transcendência, ou realidade definitiva). Desta forma, a Filosofia, a Religião, as Letras e as Ciências Naturais angariaram muito mais respeito do que o estudo histórico, que acabou sendo realizado, em geral, por estrangeiros (gregos, romanos, chineses, árabes, etc).
Num sentido completamente oposto, a China desenvolveu uma longa tradição de Estudos Históricos, que desde o século –10 produziu cronologias muito bem articuladas. Confúcio, o grande sábio chinês do séc. –6, foi um dos grandes defensores do estudo da História como forma de compreender a evolução da sociedade, esclarecendo questões morais e sociais. No período do sécs –2 –1 , o Historiador Sima Qian teria elaborado a primeira grande cronologia da História chinesa, utilizando uma série de métodos inovadores para época (pesquisa de documentos, verificação de data por tabelas astronômicas, etc.). A partir dele, houve uma sucessão de profissionais que preservaram e divulgaram a História das dinastias chinesas até o séc. +20, quando foi proclamada a república. Além disso, desde a antiguidade os chineses procuraram formar coleções de livros e de relíquias, e já no século +10 contavam com um método rudimentar de arqueologia. Buscaram também aplicar noções e procedimentos científicos (chineses) na elaboração de modelos explicativos (Sima Qian, por exemplo, aplicou a teoria dos 5 elementos na compreensão dos ciclos dinásticos).
b) Perspectiva Ocidental
Desde a Antiguidade o Ocidente vem mantendo contatos regulares com o Oriente, e no séc. +1 romanos e chineses já se citavam mutuamente. Apesar de terem ocorrido algumas épocas de menor comunicação, causadas por crises sociais e política periódicas, o intercâmbio entre Europa, Oriente Médio, Ásia Central e Extremo Oriente nunca arrefeceu, de fato. Uma mudança
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Mongóis, Persas, Fenícios...
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