Respostas
“A política é a higiene dos países moralmente sadios; a politicalha, a malária dos povos de moralidade estragada”. Campanha eleitoral nada mais é do que um duelo numa escala mais ampla. Durante esse duelo, cada candidato tenta, por meio de persuasão e cooptação, angariar um número de eleitores capaz de subjugar os outros candidatos, a fim de torná-los incapazes de qualquer resistência. Enfim, o objetivo é desarmar o inimigo porque um lado ou outro julga ter melhores propostas e pretende ganhar as eleições para mostrar à população o que vai fazer de melhor para a cidade, o estado ou o país. Vencedor o candidato que os eleitores acreditaram nas suas propostas, a população espera que ele forme sua equipe, “arregace as mangas” e concretize o que prometeu. As polêmicas terminaram e a partir da sua assunção ao cargo, cumpra as suas promessas fazendo valer a sua posição social e política, desestabilizando as críticas e os seus opressores.
O que escreveu o escritor e teólogo Rubem Alves referindo-se ao trabalho dos professores, afirmando que “os vê como esses guias turísticos que vão todo dia ao mesmo monumento, levando um grupo diferente e repetindo as mesmas palavras”, bem poderia ser aplicado ao trabalho de alguns políticos. A população já está esgotada de se ver submetida aos caprichos da ruína moral dos poderes governantes e isto tem se alastrado em todo o território nacional. Isso não significa outra coisa senão incompetência porque muitos homens pensam que são, mas não são. O Desembargador Renato Nalini do TJ/SP diz que “A sociedade é uma união moral estável de uma pluralidade de pessoas propostas ao atingimento de finalidades comuns. É um agrupamento permanente, não transitório”. Portanto, esta sociedade espera que haja um homem como animal político por excelência que realize seus objetivos aliando a própria força à dos demais. Sabemos que há crise econômica, energética, social, educacional, moral, ecológica e espiritual, mas com trabalho efetivo e diligente, tudo poderá ser superado. Se todos jogarem ao lixo as divergências e penderem para o caminho da civilidade e da integridade, a vitória será certa.
Infelizmente, hoje, não é o saber nem o caráter, mas a visibilidade midiática que tem prevalecido e quem perde com isso é a própria sociedade inflada por homens corruptos, imorais e sem Deus. Mágoa, rancor, ódio e ressentimento políticos são sentimentos que se escolhem por falta de boa formação cristã, razão por que brotam no cotidiano e só produzem desavença e atraso. Dizia o filósofo grego Diógenes de Sinope (colônia grega): “Os animais de mordedura mais venenosa são: o caluniador, entre os animais ferozes: e o adulador, entre os animais domésticos”.