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A oportunidade de desenvolver um projeto de tema livre
para a conclusão do curso de graduação em Desenho Industrial/
Comunicação Visual permitiu que eu me aproximasse de um tema
que sempre me interessou e, ao mesmo tempo, tive pouco contato:
as manifestações gráficas indígenas.
O desconhecimento sobre as culturas dos povos indígenas
em nosso país soa para mim como uma lacuna curricular, isso
porque, segundo a teoria de Darcy Ribeiro em O Povo Brasileiro,
a construção da identidade nacional está fundamentada na mistura
de raças e culturas, sendo que a miscigenação entre índios, europeus
e africanos é uma parte fundamental desta identidade. Portanto,
conhecer a cultura brasileira, é também conhecer as matrizes
indígenas e africanas.
Vejo como pequena a apresentação dos conteúdos ligados a
essas matrizes dentro do processo educacional brasileiro, a despeito
da minha própria formação. Lamento isso pelo fato de que não
reconhecemos, muitas vezes, referências dentro de nossa cultura:
as influências de palavras em nossa língua, a influência no sotaque
de algumas regiões, os hábitos herdados como por exemplo banho
diário, as lendas, histórias como a do Curupira ou do Saci-Pererê,
que povoam a imaginação em nossas infâncias, os objetos, como a
rede por exemplo e até os alimentos. Afinal o que seria do Brasil sem
a mandioca? Esse alimento nativo e amplamente utilizado das mais
diversas formas, que é matéria-prima, por exemplo, da fabricação
do polvilho, ingrediente fundamental para a fabricação do pão
de queijo. Portanto, não é possível pensar na cultura brasileira
excluindo a presença da cultura indígena.
O designer, assim como o músico, o artista e o ator, atua como
comunicador e participa ativamente da produção cultural de nossa
sociedade.
Anônimo:
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