Respostas
Todas as tribos de Cabinda são originarias das populações ancestrais de Nsanda Nzondo
A Princesa Mue Puenha, de Mbanza Kongo teve relações ilícitas das quais nasceram três filhos gémeos.
Essa ilegalidade teria sido por ter praticado essas relações antes de passar pelas cerimónias da puberdade. Os conselheiros do Rei pediram a expulsão da Princesa, a que ele teve de atender ainda que contrafeito, tanto mais que se deu uma grande escassez de chuvas atribuída à falta cometida pela Princesa.
Mue Puenha deixou Mbanza Kongo com algumas
pessoas de família em direcção ao litoral, para Sonho.
Foi sempre mal recebida e até perseguida. Mue Puenha, 15 anos depois,
após muitas peripécias, trabalhos e até milagres (o
da travessia do Zaire) chegou ao Reino de Ngoyo onde por todos foi bem recebida,
especialmente por Mibimbi Pukuta, que era rico e nobre.
Dos seus três gémeos, um era
rapaz, Tumba, e duas eram raparigas, Lilo e Silo.
Mue Puenha veio a casar com Mibimbi Pukuta.
Deles nasceu Mue Panzo e mais tarde um outro filho que tomou o nome de Mue
Pukuta.
O Rei do Congo, sabendo que sua filha Mue
Puenha havia casado, ouvido o parecer de seu conselho, resolveu desanexar
os pequenos Reinos de Ngoyo, Kacongo e Loango. Deu ordem a Mue Puenha para
tomar conta dos três Reinos.
Mue Puenha entregou Kacongo a sua filha Silo, e Tumba foi para o Loango-Grande.
Mue Panzo, filho de Mue Puenha e de Mibimbi Pukuta, ficou como o primeiro
Rei de Ngoyo após um corto reino foi sucedido pelo seu irmão
mais jovem Mue Pukuta o qual reinou pôr muitos anos.
A seguir veio Mue Benci Maluemba o terceiro Rei de Cabinda casado com Ieze que tiveram um filho com o nome de N’Zingo os quais após algumas tribulações foram enviados todos os três para o exílio em São Salvador após alguns anos regressam a Cabinda com uma corte de 14 pessoas e acompanhados de grandes oferendas tapeçarias, etc... enviadas pelo Manikongo, N’Zingo trouxe consigo muita chuva e foi o responsável pela introdução em Cabinda da cerimonia de preparação das noivas.
O quarto Rei foi Mani Llemba da família dos Mocata Calombo, este soberano de Cabinda foi eleito e investido pelo povo de Cabinda como Rei, casado com Sengo N’Dulu da família T’Chingo e filha de Ma-Mbuko Ncuabi originário do Mayombe.
O quinto Rei de Cabinda foi Moe Gimbi N’Padi Sili filho de N’Padi Sili da família do Príncipe de Sambo, este Rei foi eleito pela Regência de Cabinda e investido como Rei.
O sexto Rei foi Pucuta Poabo, filho de Muni-Fumo N’Poabo era um Príncipe Cabinda de sangue e foi proposto para o cargo de Rei pelo Mangovo Maitica, elegido pelo Conselho da Regência de Cabinda e conferido o nome de N’Puabo-Sunda N’Cala.
O sétimo Rei de Cabinda foi Mani Bashi N’Kongo, filho de Numi-Fumo N’Kongo das famílias de Mancata e de Jack, este Rei foi eleito e investido no cargo.
O oitavo Rei foi Mue Bastchi Nhongo foi eleito pela Regência de Cabinda mas faleceu antes da conclusão das cerimonias de investidura, o corpo de este Rei de Cabinda foi enterrado com cerimonia de estado no Stombe.
O nono Rei de Cabinda foi Mue N’Pongonga da família dos Punas de SimulambuKo, foi eleito pela Regência de Cabinda abdicou durante as cerimonias de investidura.
O decimo Rei foi Mue Gimbi II, da família dos Punas foi eleito pela Regência de Cabinda mas não foi coroado e não chegou a governar.
O seu sucessor foi o Regente Mangovo Mamboma Muelele. Este foi o ultimo Regente de Cabinda ate 1885 de ai em adelante chegaram os portugueses com aguardente a oferecer protecção a Cabinda.