A não violência em sua forma dinâmica significa sofrimento lúcido e consentido. Não a submissão dócil à vontade do causador do mal, mas a mobilização total da alma contra essa vontade do tirano. Aplicando no trabalho essa lei de nosso ser, é possível a um só indivíduo desafiar toda a força bruta de uma injusta dominação, salvar, assim, sua honra, sua religião, sua alma e preparar a queda ou a regeneração do Império opressor.
FERRO, M. História das colonizações: das conquistas às independências (séculos XIII a XX). São Paulo: Companhia das Letras, 1996.
Durante o século XX, a teoria tratada no texto foi colocada em prática
Respostas
A utilização da “não – violência” como modo de resistir a um inimigo ficou muito famosa com Mahatma Gandhi (na luta pela independência da India contra sua metrópole, a Inglaterra) e por Martin Luther King (na sua luta nos anos 60 nos EUA pelos direitos dos negros), mas também esteve presente em conflitos na California dos anos 60 (de trabalhadores rurais contra o tratamento que recebiam), na Tchecoslováquia em 1989 e na Guerra civil da Liberia.
Devido ao forte cunho religioso de seus lideres (Gandhi e Luther King), essa idéia partiu da religião jainista, das idéias revolucionarias e cristãs de Leon Tolstoi, pelo livro do canadense David Thoreau, “A desobediência civil” e por uma crença de que a paz não poderia ser encontrada a partir da da violência e da repressão.
Combatendo a idéia de que “os fins justificam os meio” – ou seja, que para se atingir determinados objetivos vale de tudo - , os meios para se chegar a eles importam sim. Uma verdadeira paz só seria alcançada se fosse reconhecida e aprendida por todxs.