• Matéria: ENEM
  • Autor: erik9ajessoarebe
  • Perguntado 8 anos atrás

(ENEM) Texto IExperimentei algumas vezes que os sentidos eram enganosos, e é de prudência nunca se fiar inteiramente em quem já nos enganou uma vez.DESCARTES, R. Meditações Metafísicas. São Paulo: Abril Cultural, 1979.Texto IISempre que alimentarmos alguma suspeita de que uma ideia esteja sendo empregada sem nenhum significado, precisaremos apenas indagar: de que impressão deriva esta suposta ideia? E se for impossível atribuir-lhe qualquer impressão sensorial, isso servirá para confirmar nossa suspeita.HUME, D. Uma investigação sobre o entendimento. São Paulo: Editora Unesp, 2004 (adaptado).Nos textos, ambos os autores se posicionam sobre a natureza do conhecimento humano. A comparação dos excertos permite assumir que Descartes e Humea) defendem os sentidos como critério originário para considerar um conhecimento legítimo.b) entendem que é desnecessário suspeitar do significado de uma ideia na reflexão filosófica e crítica.c) são legítimos representantes do criticismo quanto à gênese do conhecimento.d) concordam que conhecimento humano é impossível em relação às ideias e aos sentidos.e) atribuem diferentes lugares ao papel dos sentidos no processo de obtenção do conhecimento.

Respostas

respondido por: kathc
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e) atribuem diferentes lugares ao papel dos sentidos no processo de obtenção do conhecimento.
respondido por: eeduardalaura
0

Resposta:

Letra E

Explicação:

Descartes e Hume são representantes de correntes de pensamento opostos.

Enquanto, o racionalismo de Descartes propõe que os sentidos são enganosos e não podem servir como base para o conhecimento. O empirismo, que tem em Hume o seu defensor mais radical, afirma que todo conhecimento tem origem na experiência, nos sentidos.

Com isso, podemos dizer que eles atribuem diferentes lugares ao papel dos sentidos no processo de obtenção do conhecimento.

As outras alternativas estão erradas porque:

a) Descartes e o racionalismo desprezam os sentidos para o conhecimento.

b) O cogito cartesiano (penso, logo existo) nasce da dúvida metódica. Descartes duvida de tudo até encontrar algo seguro para embasar o conhecimento. Sendo assim, a suspeita é uma parte imprescindível para a reflexão filosófica.

c) O criticismo é uma perspectiva kantiana que visa criticar as posições do racionalismo e do empirismo.

d) Apesar de Hume assumir uma posição cética quanto ao conhecimento, para Descartes não existe a ideia de impossibilidade para o conhecimento

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