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A força da palavra na
publicidade
A palavra tem o poder de criar e destruir, de prometer e negar, e a publicidade se vale desse recurso como seu principal instrumento. Bolinger {...} destaca que, como o uso de simples palavras, a publicidade pode transformar um relógio em jóia, um carro em símbolo de prestígio e um pântano em paraíso tropical. Assim, quando um congressista norte-americano ameaçou processar os fabricantes de determinados produtos por promessas não cumpridas – iniciativa que, aliás, se repetiu no Brasil ----, um publicitário respondeu: “Então será necessário processar todos os fabricantes de cosméticos e perfumes, pois eles vendem à mulher um frasco de promessas”. Por suas propriedades semânticas, o texto publicitário informa que “O sabonete Palmolive é feito com as mais finas essências de oliva e palma” e que “Diet Coke traz o prazer de viver em forma”. A palavra deixa de ser meramente informativa, e é escolhida em função de sua força persuasiva, clara ou dissimulada. Seu poder não é simplesmente o de vender tal ou qual marca, mas integrar o receptor à sociedade de consumo. Pode-se, eventualmente, resistir ao imperativo (“compre”), mas quase sempre se atende ao indicativo. E mesmo que eu não acredite no produto, “creio na mensagem publicitária que quer me fazer crer” {Baudrillard}. Pode-se dizer que é algo parecido com a crença em Papai Noel: mesmo que não se acredite no mito, todos o aceitam como símbolo de amor e proteção. A função persuasiva na linguagem publicitária consiste em tentar mudar a atitude do receptor. Para isso, ao elaborar o texto o publicitário leva em conta o receptor ideal da mensagem, ou seja, o público para o qual a mensagem está sendo criada. O vocabulário é escolhido no registro referente a seus usos. Tomando por base o vazio interior de cada ser humano, a mensagem faz ver que falta algo par completar a pessoa: prestígio, amor, sucesso, lazer, vitória. Para completar esse vazio, utiliza palavras adequadas, que despertam o desejo de ser feliz, natural de cada ser. Por meio das palavras, o receptor “descobre” o que lhe faltava, embora logo após a compra sinta a frustração de permanecer insatisfeito.
1)De acordo com texto, as palavras têm o poder de criar e destruir. na linguagem publicitária elas deixam em segundo plano uma função informativa E assumir outra função. Qual é essa função ?
2) a construção da linguagem publicitária estava enrolada a uma intenção.
a) o que o anunciante pretende em relação ao interlocutor?
b) Porquê a escolha do vocabulário na na linguagem publicitária auxilia na persuasão do interlocutor?
c) frases como “o sabonete Palmolive é feito com as mais finas Essências de oliva e Palma” e “diet coke traz o prazer em viver em forma”
3) a conclusão do texto confirma a afirmação da feita no primeiro parágrafo a respeito do poder da palavra? Justifique sua resposta.
MelliodasGoes:
copio copio, mas cade as respostas?
Respostas
respondido por:
378
1. assume a linguagem persuasiva
2. a) vender o produto em questão, convencendo o interlocutor de que ele precisa daquilo
b) porque escolhem as palavras certas pro tipo de público em questão
3. sim
2. a) vender o produto em questão, convencendo o interlocutor de que ele precisa daquilo
b) porque escolhem as palavras certas pro tipo de público em questão
3. sim
respondido por:
397
Olá,
1) As palavras deixam de informar e passar a persuadir. Tem então função persuasiva.
2) a) A intenção é o consumo, é fazê-lo comprar.
b) Porque cria a ideia de necessidade, de que falta algo para se sentir satisfeito.
c) Cria a sensação de produtos especiais e perfeitos para pessoas especiais e felizes.
3) Sim. Todo o texto confirma a ideia de "criar" uma felicidade, alcançada ao realizar uma compra e logo após a desconstrução, a "destruição", uma nova necessidade, para levar o interlocutor para a próxima compra.
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