• Matéria: História
  • Autor: biapirelaz
  • Perguntado 9 anos atrás

quais sao as lendas do visigodos

Respostas

respondido por: Norse
12
É grande ...

A partir do séc.III, o Império Romano começou a ser pressionado por diversas tribos, entre elas a dos VISIGODOS, pertencentes ao povo godo, que partiam do mar Báltico (braço do oceano Atlântico, ao norte da Europa, tendo às suas margens a Dinamarca, Suécia, Finlândia, Rússia, Estônia, Letônia, Lituânia, Polônia e Alemanha) em direção ao mar Negro (em cujas costas se estendem hoje os litorais da Rússia, Turquia, Bulgária e Romênia).Se instalaram inicialmente nas regiões florestais dos rios Dniester e Danúbio, mas depois, ultrapassando este último, internaram-se cada vez mais no território ocupado pelos romanos, alcançando a Sicília por volta de 257. Anos depois em 271, o imperador Aureliano (212-275) deixou a Dácia (região na parte central da Europa, que equivalia +ou- ao território hoje ocupado pela Romênia) em suas mãos, e assim, durante um século eles dominaram aquelas regiões sem qualquer resistência dos nativos p/ os quais mudara apenas o invasão. Em 332, após dura derrota que sofreram, os VISIGODOS concordaram em assinar um tratado de paz com os romanos, o foedus, respeitado durante 35 anos, tempo suficiente para que a civilização romana e o cristianismo penetrassem em sua cultura. Sinal dessa influência foi a sagração de Ulfilas (311-383), que se tornou o primeiro bispo dos godos ao Norte do Danúbio (341) e a quem se atribui a invenção de uma escrita (alfabeto gótico) e a tradução do Novo Testamento. Isso, porém, não foi motivo para que a aristocracia visigoda adotasse o cristianismo, tanto que de 348 a 369, seus chefes moveram duras perseguições aos cristãos. Ulfilas morreria exilado em Constantinopla, e a fé cristã só foi adotada pelos nobres após sua incorporação ao império romano. Em 375 os hunos atacaram os godos, que buscaram asilo junto ao Império Romano. Sob a direção de Fritigern, considerado predecessor e mestre de Alarico I (370-410), oitavo rei dos VISIGODOS, eles se estabeleceram na Trácia (região da Europa Oriental cujos limites variaram através das épocas), mas grande número deles preferiu subir o Danúbio e instalar-se nos Cárpatos (conjunto montanhoso da Europa central), colocando-se sob a autoridade huna. Em ambos os grupos havia VISIGODOS e ostrogodos: porém, enquanto estes se fixaram pouco mais ao norte do rio, os VISIGODOS preferiram ficar em território dominado pelos romanos. Em 377 houve um levante VISIGODO contra as más condições de vida na Trácia. O imperador Valente (328-378) procurou abafar a rebelião, mas foi morto na batalha de Adrianópolis. Prosseguindo c/ a insurreição, os rebelados deslocaram-se em direção a Constantinopla, e embora não conseguissem bloquear a capital oriental, deixaram de aceitar o foedus romano. Assim, voltando à vida errante, eles passaram a devastar a região dos Bálcãs (cordilheira que se estende através da região central da Bulgária, da fronteira c/ a antiga Iugoslávia ao mar Negro), desorganizando-se completamente. Em 392, Alarico I, novo chefe VISIGODO, aceitou um novo tratado de paz, em razão do qual os romanos (397) lhe cederam o Épiro (antiga região da Grécia) e o nomearam chefe de milícia p/ a província de Ilírica (uma das quatro grandes prefeituras em que o Império Romano se dividiu no séc.IV, correspondente, de um modo geral, à Grécia, Creta, Macedônia, Albânia e Sérvia).Significava dizer que o chefe VISIGODO passava a dispor de poderes militares na metade ocidental da península, mas como ele considerava a parte oriental do império excessivamente esgotada p/ ser pilhada, resolveu invadir a Itália em 401, ocupando inicialmente Veneza, depois Milão, chegando às portas de Roma em 408, invadindo-a em 410, saqueando-a durante 3 dias, e ao abandoná-la, levando Plácida (388-450), a irmã do imperador Honório (395-423), como refém. Em seguida os invasores procuraram chegar à África, mas como não dispunham de navios, foram forçados a permanecer no sul da Itália, onde Alarico I acabou falecendo. O comando foi então entregue a Ataulfo (?-415), cunhado do falecido, que conduziu suas forças para o norte, entrando na Gália (região da Europa que se considera geralmente ter constituído a parte Sul e Oeste do rio Reno), em 412, e conquistando Narbonne, Toulouse e Bordeaux, onde os invasores permaneceriam por três gerações. Buscando uma conciliação definitiva com os romanos, Ataulfo casou-se c/ Plácida em 414, mas acabou sendo morto por seus homens durante uma invasão na Espanha. Wallia (?-418), sucessor de Ataulfo, tentou realizar o sonho de Alarico I (invadir a África), 
respondido por: camilarosah
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Não é pequeno esse texto...

A partir do séc.III, o Império Romano começou a ser pressionado por diversas tribos, entre elas a dos VISIGODOS, pertencentes ao povo godo, que partiam do mar Báltico (braço do oceano Atlântico, ao norte da Europa, tendo às suas margens a Dinamarca, Suécia, Finlândia, Rússia, Estônia, Letônia, Lituânia, Polônia e Alemanha) em direção ao mar Negro (em cujas costas se estendem hoje os litorais da Rússia, Turquia, Bulgária e Romênia).Se instalaram inicialmente nas regiões florestais dos rios Dniester e Danúbio, mas depois, ultrapassando este último, internaram-se cada vez mais no território ocupado pelos romanos, alcançando a Sicília por volta de 257. Anos depois em 271, o imperador Aureliano (212-275) deixou a Dácia (região na parte central da Europa, que equivalia +ou- ao território hoje ocupado pela Romênia) em suas mãos, e assim, durante um século eles dominaram aquelas regiões sem qualquer resistência dos nativos p/ os quais mudara apenas o invasão. Em 332, após dura derrota que sofreram, os VISIGODOS concordaram em assinar um tratado de paz com os romanos, o foedus, respeitado durante 35 anos, tempo suficiente para que a civilização romana e o cristianismo penetrassem em sua cultura. Sinal dessa influência foi a sagração de Ulfilas (311-383), que se tornou o primeiro bispo dos godos ao Norte do Danúbio (341) e a quem se atribui a invenção de uma escrita (alfabeto gótico) e a tradução do Novo Testamento. Isso, porém, não foi motivo para que a aristocracia visigoda adotasse o cristianismo, tanto que de 348 a 369, seus chefes moveram duras perseguições aos cristãos. Ulfilas morreria exilado em Constantinopla, e a fé cristã só foi adotada pelos nobres após sua incorporação ao império romano. Em 375 os hunos atacaram os godos, que buscaram asilo junto ao Império Romano. Sob a direção de Fritigern, considerado predecessor e mestre de Alarico I (370-410), oitavo rei dos VISIGODOS, eles se estabeleceram na Trácia (região da Europa Oriental cujos limites variaram através das épocas), mas grande número deles preferiu subir o Danúbio e instalar-se nos Cárpatos (conjunto montanhoso da Europa central), colocando-se sob a autoridade huna. Em ambos os grupos havia VISIGODOS e ostrogodos: porém, enquanto estes se fixaram pouco mais ao norte do rio, os VISIGODOS preferiram ficar em território dominado pelos romanos. Em 377 houve um levante VISIGODO contra as más condições de vida na Trácia. O imperador Valente (328-378) procurou abafar a rebelião, mas foi morto na batalha de Adrianópolis. Prosseguindo c/ a insurreição, os rebelados deslocaram-se em direção a Constantinopla, e embora não conseguissem bloquear a capital oriental, deixaram de aceitar o foedus romano. Assim, voltando à vida errante, eles passaram a devastar a região dos Bálcãs (cordilheira que se estende através da região central da Bulgária, da fronteira c/ a antiga Iugoslávia ao mar Negro), desorganizando-se completamente. Em 392, Alarico I, novo chefe VISIGODO, aceitou um novo tratado de paz, em razão do qual os romanos (397) lhe cederam o Épiro (antiga região da Grécia) e o nomearam chefe de milícia p/ a província de Ilírica (uma das quatro grandes prefeituras em que o Império Romano se dividiu no séc.IV, correspondente, de um modo geral, à Grécia, Creta, Macedônia, Albânia e Sérvia).Significava dizer que o chefe VISIGODO passava a dispor de poderes militares na metade ocidental da península, mas como ele considerava a parte oriental do império excessivamente esgotada p/ ser pilhada, resolveu invadir a Itália em 401, ocupando inicialmente Veneza, depois Milão, chegando às portas de Roma em 408, invadindo-a em 410, saqueando-a durante 3 dias, e ao abandoná-la, levando Plácida (388-450), a irmã do imperador Honório (395-423), como refém. Em seguida os invasores procuraram chegar à África, mas como não dispunham de navios, foram forçados a permanecer no sul da Itália, onde Alarico I acabou falecendo. O comando foi então entregue a Ataulfo (?-415), cunhado do falecido, que conduziu suas forças para o norte, entrando na Gália (região da Europa que se considera geralmente ter constituído a parte Sul e Oeste do rio Reno), em 412, e conquistando Narbonne, Toulouse e Bordeaux, onde os invasores permaneceriam por três gerações. Buscando uma conciliação definitiva com os romanos, Ataulfo casou-se c/ Plácida em 414, mas acabou sendo morto por seus homens durante uma invasão na Espanha. Wallia (?-418), sucessor de Ataulfo, tentou realizar o sonho de Alarico I (invadir a África),


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