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Um dos mais antigos aparelhos de suplício de negros era usado em alguns postos do extinto Serviço de Proteção ao Índio (SPI), que ironicamente tinha como uma das suas principais atribuições “não permitir a violência contra o índio”. Batizado de tronco, ele era uma adaptação de um aparelho de tortura, usado largamente em toda a América, inclusive no Brasil, durante o período da escravidão. Além do tronco, era muito comum o uso de palmatórias pelos chefes dos postos, citadas com frequência por Jader de Figueiredo em seu relatório. Usadas para bater na mão dos índios, elas eram distribuídas pelas inspetorias regionais, como eram batizadas as nove sedes administrativas do SPI, que tinham sob sua subordinação 130 postos localizados em terras indígenas. São frequentes os relatos de índios mutilados pelo tronco, que consistia em duas estacas enterradas em ângulo agudo, onde os tornozelos eram amarrados. Essas estacas depois eram dobradas e quebravam os tornozelos. Índios brasileiros foram tratados como escravos e castigados em troncos em plena segunda metade do século 20, indígenas foram submetidos a torturas que os negros sofreram 100 anos antes
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Um dos mais antigos aparelho de suplício de negros era usado em alguns postos do extinto Serviço de Proteção ao Índio (SPI), que ironicamente tinha como uma das suas principais atribuições "não permitir a violência contra o índio". Batizado de tronco, ele era uma adaptação de um aparelho de tortura, usado largamente em toda a América, inclusive no Brasil, durante o período da escravidão. Além do tronco, era muito comum o uso de palmatória pelos chefes dos postos, citadas com frequência por Jader de Figueiredo em seu relatório. Usadas para bater na não dos índios, elas eram distribuídas pelas inspetorias regionais, como eram batizadas as nove sedes administrativas do SPI, que tinham sob sua subordinação 130 postos localizados em terras indígenas. São frequentes os relatos de índios mutilados pelo tronco, que consistia em duas estacas enterradas em ângulo agudo, onde os tornozelos eram amarrados . Essas estacas depois eram dobradas e quebravam os tornozelos. O Relatório Figueiredo também dá conta da existência de capatazes contratados exclusivamente para bater nos índios que tinham "nau comportamento". Muitos eram a
amarrados. como nos antigos pelourinhos, e espancados com pedaços de pau ou chicoteados com rabo de tatu, uma espécie de chicote com argola no cabo e duas talas na ponta para surrar. Quem se atrevia a discordar dos chefes dos postos também podia ser preso, já que eles tinham autonomia para castigar os índios.
amarrados. como nos antigos pelourinhos, e espancados com pedaços de pau ou chicoteados com rabo de tatu, uma espécie de chicote com argola no cabo e duas talas na ponta para surrar. Quem se atrevia a discordar dos chefes dos postos também podia ser preso, já que eles tinham autonomia para castigar os índios.
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