• Matéria: História
  • Autor: biancacristabih
  • Perguntado 8 anos atrás

papiro juncos caniços palmeiras acácias e tamareiras cresciam as margens do rio o que garantia a fertilidade da terra

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respondido por: ttutuv
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Nos tempos de Jesus, um tipo específico de palmeira abundava por todo o território do atual estado de Israel. A planta foi cultuada por séculos inclusive por conter propriedades medicinais, a ponto de se tornar um símbolo da região. Tamanha admiração tinha um motivo bem claro: todas as suas partes podiam ser aproveitadas, mas o que mais a destacava eram seus nutritivos frutos – as tâmaras. Para abalar a economia local, acredita-se que as tamareiras da Judeia tenham sido extintas pelos romanos. Mas em 2005, uma equipe de pesquisadores israelenses conseguiu germinar uma antiga semente da espécie e, dez anos depois, a árvore (um macho) está saudável e já até produziu descendentes.

“Ele é um garotão agora”, disse a National Geographic Elaine Solowey, diretora do Instituto de Estudos Ambientais Arava, no Kibbutz Ketura, em Israel. Foi Solowey quem teve a ideia de plantar uma das sementes que haviam sido encontradas em 1973 durante escavações arqueológicas. Depois de trazidas da fortaleza de Massada, às margens do Mar Morto, ficaram guardadas por mais de trinta anos na gaveta de um pesquisador em Tel Aviv. Testes comprovaram que elas tinham 2.000 anos de idade – até 2005, Matusalém detinha o recorde de árvore a brotar da semente mais antiga. Ele só perdeu o título em 2012, quando pesquisadores conseguiram germinar sementes de 32.000 anos.

Depois de uma década de vida, a clássica tamareira cresce cheia de saúde. “Ele está com mais ou menos três metros de altura, tem alguns ramos, flores, e seu pólen é bom. Nós o usamos para polinizar uma fêmea selvagem (moderna), e sim, ele consegue produzir tâmaras”, contou Solowey. Mas o resultado foi uma espécie de tâmara “híbrida”, já que a parceira não era uma tamareira da Judeia.

Além de querer estudar as supostas propriedades medicinais, a pesquisadora também pretende, um dia, plantar um bosque original, igual a um dos tempos antigos. Para conseguir, ela precisará cultivar uma fêmea tão “velha” quanto Matusalém, para ser seu par. Até agora, a cientista conseguiu germinar duas fêmeas a partir de outras sementes antigas encontradas em escavações próximas ao Mar Morto. “Nós saberíamos que tipo de tâmaras eles comiam naqueles dias e como elas eram. Isso seria muito empolgante”, disse.

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