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O romance volta-se para um drama social e humano, envolvendo o universo familiar centrado nos que mourejam na lida rural, muitos da área dos boias-frias, sem horizontes à vista. O fulcro é uma família e o chefe do clã, e se irradia para além deles. A família cresce e se multiplica, envolvendo a geografia da região, do interior paulista, e os relacionamentos do meio social em que vivem. Fosse apenas isto e já seria muito. Isto, porém, é a ponta do novelo que se vai deslindando aos nossos olhos, como num filme preto e branco.
História focalizada nos meados da segunda metade do século que passou. Tudo palpitadamente presente porque, embora as mudanças civilizatórias, sombreia ainda a face do País esses desníveis sociais. A autora, conhecedora de perto dessas vidas, mostra-as apenas e, com sua força narrativa, arrasta o leitor para com elas conviver. Isto é Arte, história e História, no melhor sentido. Não há como contá-la. É lê-la e senti-la por inteiro.
Lucília Junqueira passa, num passe de mágica - é bem o termo - desse drama humaníssimo (que nos leva a mão à consciência e nos faz ficar querendo bem a essa gente simples), à paisagem quase dançante da novela "A Baía dos Golfinhos", história juvenil contraponto ao romance anterior. Eis porque a autora é mágica. Entra no mundo dos jovens tal como o fez no dos bóias-frias. Na paisagem de Fernando de Noronha toma-se um banho de turismo. O filme não é mais preto e branco. Colore-se de vários matizes e se rejuvenesce com a moçada, suas reinações e curiosidades.
pinheiroK:
preciso de algo mais explícito. Obrigada
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