• Matéria: Geografia
  • Autor: LaraCustódio
  • Perguntado 8 anos atrás

Qual o temor das potências em a primavera árabe atingiu o Golfo pérsico?

Respostas

respondido por: carolamara12
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A Primavera Árabe que começou na Tunísia, em 2011, trouxe para todos os árabes, de todos os rincões, uma esperança de que iremos reconquistar nossos direitos sobre nossas terras por séculos ocupadas e nossa dignidade como um povo merecedor de respeito. A Primavera Árabe é um processo em andamento e que já trouxe realizações que só encorajam a prosseguirmos na luta. 

A ocupação da Palestina, num projeto elaborado por potências imperiais e executado por um arremedo de estado, continua tentando obstruir e arrasar mesmo a Primavera Árabe. Só que estamos em alerta para que a ela continue a gerar vitórias e que o povo árabe se liberte de seus inimigos. 

Nossa história, depois de todo o brilho e a extensão de nossos impérios árabe-muçulmanos e de nossa contribuição para o saber universal, afirma que desde o extremo Maghrib até o mais distante Mashriq, foram as ingerências de potências estrangeiras através dos séculos, que nos reduziram a vítimas de divisões confessionais. Esta história, no entanto, nos gritou aos ouvidos que a era da subserviência teria que chegar a um termo. 

A Primavera Árabe foi um desabafo gigante e ela hoje está viva e renovando suas energias. Se a Síria vive o pior dos cenários, a Tunísia afirma que a aspiração à cidadania e a procura de comprometimentos podem levar a avanços reais.

O chamado Ocidente com as opressões a que nos submeteram durante séculos criou por seu Orientalismo apatetado o preconceito da incapacidade congênita dos árabes a conceber um regime democrático e a convicção de que os árabes não poderiam aspirar a nada mais satisfatório do que serem governados por déspotas os quais, por sua vez, dependiam da inteligência mendigada às grandes potências, ontem apenas internacionais e hoje também de árabes. Estas vêm tentando a todo custo tornar sombria e turba uma Primavera que tem sido a expressão maior das aspirações árabes à independência política e à justiça social. Há nuvens escuras no horizonte primaveril que requerem o sopro de nossa luta para que elas se dispersem na entrada desta nova fase que se inicia.

A primeira fase começou na Tunísia com a imolação de Muhammad Buazizi, no dia 17 de dezembro de 2010, se estendeu por todo o ano seguinte de 2011, assistiu a um tsunami colossal clamando por cidadania e dignidade, que provocaram manifestações populares massivas de erupção espontânea. 


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