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A Guerra do Paraguai marcou de maneira profunda a história do Paraguai e do Brasil.
A economia paraguaia, que vinha se desenvolvendo desde a Independência, recebeu um golpe do qual não se recuperou nunca mais. Suas Forças Armadas, das mais bem organizadas e equipadas da América do Sul, foram destruídas. Estima-se que praticamente metade da população paraguaia pereceu nesse conflito.
A vitória brasileira consolidou o país como potência regional, mas, por outro lado, deixou evidente a sua fragilidade. Um território imenso, ocupado de forma rarefeita por uma população em grande parte constituída de escravos, colocava em risco permanente as nossas fronteiras terrestres. Desde então, as críticas ao sistema escravista começaram a intensificar-se, abrindo caminho para o movimento abolicionista.
A vitória, de outro lado, contribuiu para que os militares se conscientizassem da sua importância. Até então, o Exército era colocado em segundo plano em relação à Marinha, sempre apoiada pelo Império, dada a necessidade de defesa de um litoral de mais de 8.000 quilômetros.
A Guerra do Paraguai demonstrou que as fronteiras terrestres também precisavam ser guarnecidas e que o Exército precisava de mais apoio, maior efetivo e melhores equipamentos. O fato de as reivindicações dos militares não serem atendidas pelo Império deslocou, progressivamente, parcela da oficialidade para a oposição.
A animosidade dos militares contra o Império foi catalisada pela influência da corrente filosófica positivista entre alguns oficiais, entre os quais se destacava Benjamin Constant. Para esse grupo de militares, a monarquia se constituía num regime retrógrado e contrário aos princípios racionais de organização política.
Segundo eles, a modernização do sistema político implicava a adoção do regime republicano. Entre as principais tarefas do novo regime, estaria a universalização da cidadania, com os direitos e deveres que lhe correspondem. Para os militares positivistas, a cidadania seria o elo efetivo de unificação de todos os brasileiros e, portanto, o fundamento da nação.
O golpe desferido pelos militares em 15 de novembro foi bem-sucedido na intenção de implantar a República, mas a universalização da cidadania permanece como o maior desafio do regime até hoje.
A economia paraguaia, que vinha se desenvolvendo desde a Independência, recebeu um golpe do qual não se recuperou nunca mais. Suas Forças Armadas, das mais bem organizadas e equipadas da América do Sul, foram destruídas. Estima-se que praticamente metade da população paraguaia pereceu nesse conflito.
A vitória brasileira consolidou o país como potência regional, mas, por outro lado, deixou evidente a sua fragilidade. Um território imenso, ocupado de forma rarefeita por uma população em grande parte constituída de escravos, colocava em risco permanente as nossas fronteiras terrestres. Desde então, as críticas ao sistema escravista começaram a intensificar-se, abrindo caminho para o movimento abolicionista.
A vitória, de outro lado, contribuiu para que os militares se conscientizassem da sua importância. Até então, o Exército era colocado em segundo plano em relação à Marinha, sempre apoiada pelo Império, dada a necessidade de defesa de um litoral de mais de 8.000 quilômetros.
A Guerra do Paraguai demonstrou que as fronteiras terrestres também precisavam ser guarnecidas e que o Exército precisava de mais apoio, maior efetivo e melhores equipamentos. O fato de as reivindicações dos militares não serem atendidas pelo Império deslocou, progressivamente, parcela da oficialidade para a oposição.
A animosidade dos militares contra o Império foi catalisada pela influência da corrente filosófica positivista entre alguns oficiais, entre os quais se destacava Benjamin Constant. Para esse grupo de militares, a monarquia se constituía num regime retrógrado e contrário aos princípios racionais de organização política.
Segundo eles, a modernização do sistema político implicava a adoção do regime republicano. Entre as principais tarefas do novo regime, estaria a universalização da cidadania, com os direitos e deveres que lhe correspondem. Para os militares positivistas, a cidadania seria o elo efetivo de unificação de todos os brasileiros e, portanto, o fundamento da nação.
O golpe desferido pelos militares em 15 de novembro foi bem-sucedido na intenção de implantar a República, mas a universalização da cidadania permanece como o maior desafio do regime até hoje.
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