• Matéria: História
  • Autor: pedrohy78
  • Perguntado 9 anos atrás

qual a importancia do pai de familia para os romanos?

Respostas

respondido por: Lolopv
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Como herdeiros de parte da tradição grega, os romanos também definiram sua estrutura familiar com base no paternalismo. Esposa, filhos e escravos estavam todos aos seus auspícios. Era comum entre os romanos que irmãos se mantivessem vivendo debaixo de um mesmo teto ou numa mesma propriedade até a morte de seu pai e que, em virtude disso, as famílias de irmãos se considerassem todas como parte de uma única e grandiosa unidade familiar. Além de abrigar durante um bom tempo os seus próprios filhos, era usual que influentes homens da sociedade romana mantivessem famílias humildes sob a sua proteção, agindo dessa forma como patronos. Isso garantia a esses poderosos senhores vantagens como votos em eleições, trabalhadores e, até mesmo, amantes e filhos fora de seus casamentos. A existência de famílias numerosas era estimulada na Roma Antiga. Nem sempre isso se concretizava devido às condições precárias em que a maternidade ocorria, normalmente no âmbito doméstico, o que acarretava a morte prematura das mães e também das crianças. Uma outra ação corriqueira por parte das famílias tradicionais e plebéias no Império Romano era o sacrifício ou o abandono de crianças recém-nascidas que tivessem deficiências. A perfeita saúde física e mental era considerada como atributo indispensável para que a criança pudesse em sua vida futura seguir os passos do pai, no caso dos meninos, ou conseguir um bom casamento, no das meninas. Além de cuidar dos filhos e da casa, as mulheres romanas ainda se preocupavam em se manter belas para seus maridos. Era comum que se penteassem, fizessem maquiagem e que se vestissem com belos trajes para recepcionar seus maridos ao final do dia. O casamento para as moças também representava, como nas cidades gregas, a passagem de suas vidas do controle paterno para o do marido. As mulheres romanas também tinham como centro da sua atuação o âmbito doméstico, onde tinham que rezar conjuntamente com os maridos e filhos, orientar a limpeza da casa, coordenar a preparação das refeições e, depois de tudo isso, com o auxílio das criadas, se preparar para recepcionar o marido, cansado de mais um árduo dia de trabalho e afazeres na rua. Por esse motivo as mulheres romanas passavam por um pequeno tratamento de beleza diário que incluía penteados, maquiagem e a escolha de belos trajes para o final do dia em companhia do marido. Os homens das famílias nobres tinham um dia de agenda cheia de compromissos de trabalho. Era comum que tivessem atribuições políticas ou militares quando moravam nas grandes cidades como Roma. Por esse motivo tinham que preparar documentos, discursos e participar de conversas com funcionários ou com membros das corporações nas quais atuavam. Os plebeus tinham um cotidiano bastante duro, tendo que acordar cedo e se alimentar de forma espartana antes de assumir suas funções no campo como agricultores, no comércio ou na prestação de pequenos serviços em áreas urbanas e trabalhar até o final do dia, quando retornavam para suas casas, exauridos pela longa jornada e pelo trabalho pesado. Educação era privilegio de poucas crianças romanas. Apenas os meninos de famílias abastadas tinham esse privilégio. Ensinava-se o latim e o grego, cálculos, literatura e retórica. As meninas tinham que aprender os deveres domésticos com suas mães. As pessoas provenientes de famílias humildes raramente eram alfabetizadas.
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