• Matéria: História
  • Autor: juliamartelliga
  • Perguntado 8 anos atrás

Diferenças e semelhanças entre a Unificação Alemã e Italiana

Respostas

respondido por: anaclararbauer
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 As principais semelhanças são a proximidade histórica (Itália, 1866-70, Alemanha, 1871), a luta frontal contra a Áustria (que se opunha a ambas), e o fato de ambas terem sido conduzidas por reinos limítrofes que, por uma série de circunstâncias, detinha o controle das principais áreas industrializadas (respectivamente, o Piemonte e a Renânia). 

Uma diferença importante é que a Alemanha teve a sua unificação econômica precedida pela unificação política, quando os estados alemães assinaram o Zollverein (1832). 
Era uma convenção aduaneira, que criou um mercado comum alemão, facilitando a industrialização. 
ESPERO QUE TENHA AJUDADO
respondido por: mimipoderosa35
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 As principais semelhanças são a proximidade histórica (Itália, 1866-70, Alemanha, 1871), a luta frontal contra a Áustria (que se opunha a ambas), e o fato de ambas terem sido conduzidas por reinos limítrofes que, por uma série de circunstâncias, detinha o controle das principais áreas industrializadas (respectivamente, o Piemonte e a Renânia). 

Uma diferença importante é que a Alemanha teve a sua unificação econômica precedida pela unificação política, quando os estados alemães assinaram o Zollverein (1832). 
Era uma convenção aduaneira, que criou um mercado comum alemão, facilitando a industrialização. 

Curiosamente, os dois reinos que conduziram as unificações não tinham seu centro na região que dava o nome a eles: ou seja, a Sardenha e a Prússia - que na verdade, tinham seu centro no Piemonte e Brandenburg, respectivamente... 
Eram dinastias antigas (Savoia e Hohenzollern), que há séculos estavam crescendo seu poder à sombra da principal potência da região, a Áustria, ora apoiando-a, ora entrando em choque. 

A Áustria tentou impedir a unificação italiana em 1849, entrando em guerra com a Sardenha-Piemonte em um momento em que a nacionalidade estava em ebulição, apoiando a causa dos Savóia, que visava unificar a Itália em um único reino, absorvendo todos os demais (que eram poucos: os Estados Papais, o reino das Duas Sicílias, e mais 5 sob controle direto ou indireto da Áustria). 

No mesmo ano, também a Alemanha estava em ebulição, em diferentes cidades, só que nesse caso, tanto a Áustria quanto a Prússia eram contrários, porque a tendência era a formação de uma república confederativa, sob comando dos liberais - que, entre um e outro, preferiam que fosse liderada pela Prússia. 
Na Itália, os austríacos acabaram vencendo pelas armas. 

A luta pela unificação reiniciou em 1859, desta vez com o Piemonte apoiado momentaneamente pela França de Napoleão III, que acabou se retirando. Mesmo assim, o Piemonte anexou Milão. 

Em 1866, o Piemonte e a Prússia se aliaram à Áustria, e a guerra se desenrolou tanto na Alemanha quanto na Itália. A Áustria foi derrotada e teve que ceder Veneza - o que permitiu ao Piemonte unificar quase toda a Itália, até o sul, onde também Nápoles e Sicília foram anexadas. 
Faltou somente Roma - onde a França, agora contra os Savoia, mantinha protetorado sobre o papa. 

A Prússia também saiu beneficiada, incorporando mais uma parte da Saxônia (aliada da Áustria) e alguns estados - como Hanover - que permitiram à Prússia criar uma confederação do norte. 
Os 4 estados do sul e sudeste da Alemanha eram pró-Áustria, mas acabaram se juntando à Prússia em 1870-1, quando começou uma outra guerra, desta vez contra a França. 
Nesse caso, a Prússia adotou uma forma confederativa, que mantinha formalmente as coroas dos estados associados (reinos, ducados, republicas), exceto a Áustria. 
Mas a Prússia controlava mais da metade do território dessa Alemanha. 

A Itália também acabou se unificando na mesma ocasião. 
Como a França deixou de proteger o papa, a Itália anexou Roma e estabeleceu lá a sua capital.
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