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A principal função do rim é manter o equilíbrio do organismo com relação aos líquidos e demais substâncias orgânicas, realizando continuamente a filtração do sangue. O resultado deste processo é a formação da urina.Uma doença muito comum nos dias atuais que afeta esse órgão é a nefrolitíase (também conhecida por cálculo renal ou “pedra nos rins”). A nefrolitíase se caracterizou por um aumento na frequência de sua ocorrência em diversas pessoas durante o século XX, especialmente em países desenvolvidos e industrializados através das mudanças ambientais e socioeconômicas, que consequentemente influenciaram nas mudanças da alimentação.Os cálculos renais formam-se quando a concentração de determinados componentes na urina atingem um nível em que é possível a cristalização. Com isso, a alimentação exerce um importante papel, já que alguns nutrientes influenciam na composição da urina podendo potencializar ou inibir a formação dos cálculos.Existem vários tipos de cálculos renais, geralmente sendo compostos de sais de cálcio, cistina, ácido úrico ou estruvita. O tipo mais comum é composto de oxalato de cálcio.Entre os vários nutrientes implicados nessa doença, pode-se destacar alguns deles: oxalato, cálcio, proteína, vitamina C, sódio, potássio, assim como a ingestão de líquidos.O oxalato dietético está presente em grande quantidade em alimentos de origem vegetal. O espinafre, a beterraba, o cacau e o ruibarbo são exemplos de alimentos com elevados teores de oxalato, além de alguns refrigerantes, chás (como o chá preto e mate) e amendoim. Como o oxalato é um dos principais componentes da maioria dos cálculos renais, a restrição de consumo de alimentos fonte é normalmente recomendada.Antigamente acreditava-se que a alta ingestão de cálcio provocava a formação de cálculos renais. Porém, o cálcio quando absorvido se liga ao oxalato formando um tipo de complexo, posteriormente sendo eliminado através das fezes. Dessa forma, não é adequada a restrição de consumo de alimentos ricos em cálcio (tais como verduras folhosas de coloração verde escuro e o leite e seus substitutos por exemplo), sendo aconselhável manter o equilíbrio entre as ingestões desse mineral e oxalato durante as refeições.A proteína é um nutriente que tem efeito sobre a maioria dos componentes urinários envolvidos na formação de cálculos. As proteínas de origem animal (carnes, vísceras, peixes, etc) contribuem para maior sobrecarga de purinas (que influenciam na produção de ácido úrico). Além disso, uma adequada ingestão de proteína também reduz a concentração de oxalato e cálcio na urina.O consumo de vitamica C também deve ser controlado, porque a metabolização dessa vitamina resulta na produção de oxalato.Estudos sugerem que grande ingestão de sódio aumenta o risco de nefrolitíase devido a maior eliminação de cálcio pelo organismo quando há altas concentrações de sódio. Portanto, deve-se moderar o consumo de sal de cozinha, alimentos industrializados e embutidos, por apresentarem grandes quantidades de sódio. Já a baixa ingestão de potássio pode promover maior concentração de cálcio na urina, sendo importante consumir frutas e vegetais.Independente do tipo de cálculo ou suas causas, é necessário consumir líquidos (como água, sucos de frutas e chás) para produção de grandes volumes de urina diariamente. A boa hidratação mantém a urina diluída, prevenindo a cristalização dos dos componentes formadores de cálculos renais.Lembre-se sempre de procurar um Nutricionista para orientar cada caso específico.
IasminMatos:
Obrigada!
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