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A captura, a travessia, a compra e a venda de escravos africanos fizeram parte da História brasileira entre os séculos XVI e XIX. Esses povos escravizados eram diferentes entre si, na sua língua, cultura e religião, numa complexa diversidade.
Os africanos eram capturados, levados do interior até o litoral em longas caminhadas repletas de maus-tratos e esperavam o navio chegar, aglomerados em um depósito junto às praias. Retirados de sua realidade, de seu lar, sentiram-se perdidos, sem raízes, sem direção. Eram batizados e depois, durante a viagem, eram marcados a ferro. Transportados num navio lotado que demorava em média 35 a 50 dias até o Brasil, num ambiente quente, abafado e malcheiroso, as diversas doenças e mortes eram inevitáveis.
Chegando a algum porto brasileiro, entre eles, Recife, Bahia e Rio de Janeiro, a venda ocorria, por meio de negociações ou por leilões. No século XIX, na região do Vale do Paraíba, os escravos eram trazidos principalmente para o trabalho nas fazendas cafeeiras e para os serviços urbanos.
Em 1830 foi promulgada uma Lei que proibia o tráfico de escravos, por pressão da Inglaterra que estava interessada em reprimi-la. Mas ela não foi cumprida. Em 1850, com Lei Eusébio de Queiroz, foi abolido decididamente o tráfico internacional de escravos, mas os traficantes persistiram e contrabandearam por mais um tempo.
Os africanos trazidos para o Brasil eram de diversas regiões e são imprecisas quanto as suas origens étnicas, pois os nomes dados para identificá-los, referiam-se ao nome dos portos de embarque. Muitas vezes eram capturados no interior, bem distante dos portos.
A multiplicidade de etnias e clãs que vinham para o Brasil decorria, muitas vezes, do interesse dos senhores de ter escravos de origens diferentes, para que com a diversidade de hábitos, língua e religião, dificultassem a interação entre eles e o surgimento de alguma revolta.
Essa diversidade relatada acima pode ser percebida nos documentos do Arquivo Histórico Felix Guisard Filho. Nos inventários de alguns donos de escravos taubateanos até por volta de 1850, na descrição dos bens, há a listagem de escravos, e muitos deles com a identificação de suas “nações”. Os escravos chamados “Crioulos” eram escravos nascidos no Brasil. Existiam também os “Mulatos” e “pardos” que eram os mestiços e haviam aqueles que não se sabiam suas origens. Mas outros foram identificados com nomes de regiões. Abaixo algumas “nações” de onde os africanos trazidos para Taubaté eram provenientes
Os africanos eram capturados, levados do interior até o litoral em longas caminhadas repletas de maus-tratos e esperavam o navio chegar, aglomerados em um depósito junto às praias. Retirados de sua realidade, de seu lar, sentiram-se perdidos, sem raízes, sem direção. Eram batizados e depois, durante a viagem, eram marcados a ferro. Transportados num navio lotado que demorava em média 35 a 50 dias até o Brasil, num ambiente quente, abafado e malcheiroso, as diversas doenças e mortes eram inevitáveis.
Chegando a algum porto brasileiro, entre eles, Recife, Bahia e Rio de Janeiro, a venda ocorria, por meio de negociações ou por leilões. No século XIX, na região do Vale do Paraíba, os escravos eram trazidos principalmente para o trabalho nas fazendas cafeeiras e para os serviços urbanos.
Em 1830 foi promulgada uma Lei que proibia o tráfico de escravos, por pressão da Inglaterra que estava interessada em reprimi-la. Mas ela não foi cumprida. Em 1850, com Lei Eusébio de Queiroz, foi abolido decididamente o tráfico internacional de escravos, mas os traficantes persistiram e contrabandearam por mais um tempo.
Os africanos trazidos para o Brasil eram de diversas regiões e são imprecisas quanto as suas origens étnicas, pois os nomes dados para identificá-los, referiam-se ao nome dos portos de embarque. Muitas vezes eram capturados no interior, bem distante dos portos.
A multiplicidade de etnias e clãs que vinham para o Brasil decorria, muitas vezes, do interesse dos senhores de ter escravos de origens diferentes, para que com a diversidade de hábitos, língua e religião, dificultassem a interação entre eles e o surgimento de alguma revolta.
Essa diversidade relatada acima pode ser percebida nos documentos do Arquivo Histórico Felix Guisard Filho. Nos inventários de alguns donos de escravos taubateanos até por volta de 1850, na descrição dos bens, há a listagem de escravos, e muitos deles com a identificação de suas “nações”. Os escravos chamados “Crioulos” eram escravos nascidos no Brasil. Existiam também os “Mulatos” e “pardos” que eram os mestiços e haviam aqueles que não se sabiam suas origens. Mas outros foram identificados com nomes de regiões. Abaixo algumas “nações” de onde os africanos trazidos para Taubaté eram provenientes
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