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Após a abdicação de d. Pedro I,
dissolve-se o motivo que mantinha a união das diversas tendências
liberais e, após o 7 de abril, a Câmara passaria a ter uma nova
composição. De um lado colocavam-se os liberais moderados, ou chimangos, que, embora aceitassem algumas alterações na Constituição, defendiam a manutenção das estruturas vigentes. Defendendo reformas constitucionais mais profundas, como o fim do Poder Moderador e a descentralização administrativa, de forma a constituir uma monarquia federativa, estavam os liberais exaltados, ou farroupilhas. E o antigo grupo de apoiadores de d. Pedro I, que postulavam a sua volta, ficou conhecido como caramurus. Esses grupos não chegaram a conformar partidos políticos propriamente ditos na Assembleia,
mas exerceram intensa atividade política através da formação dos
chamados ‘grêmios patrióticos’, o embrião dos partidos políticos no
Brasil durante a primeira fase das regências. Os liberais moderados,
como Bernardo Pereira de Vasconcelos, Evaristo da Veiga e Diogo Feijó,
organizavam-se em torno da Sociedade Defensora da Liberdade e
Independência Nacional. Os liberais exaltados como Cipriano Barata,
Borges da Fonseca, entre outros, apontavam suas aspirações já no nome do
seu grêmio: a Sociedade Federal. Enquanto isso, os caramurus, também
conhecidos como restauradores, organizaram-se na Sociedade Conservadora
da Constituição Brasileira, fundada por José Bonifácio e seus irmãos, e
que mais tarde passaria a chamar-se Sociedade Militar.
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