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*O parnasianismo é uma escola literária ou um movimento literário essencialmente poético, contemporâneo do Realismo-Naturalismo. Um estilo de época que se desenvolveu na poesia a partir de 1850, na França.
No Brasil
No Brasil, o parnasianismo dominou a poesia até a chegada do Modernismo brasileiro. A importância deste movimento no país deve-se não só ao elevado número de poetas, mas também à extensão de sua influência, uma vez que seus princípios estéticos dominaram por muito tempo a vida literária do país, praticamente até o advento do Modernismo em 1922.
Na década de 1870, a poesia romântica deu mostras de cansaço, e mesmo em Castro Alves é possível apontar elementos precursores de uma poesia realista. Assim, entre 1870 e 1880 assistiu-se no Brasil à liquidação do Romantismo, submetido a uma crítica severa por parte das gerações emergentes, insatisfeitas com sua estética e em busca de novas formas de arte, inspiradas nos ideais positivistas e realistas do momento.
Dessa maneira, a década de 1880 abriu-se para a poesia científica, a socialista e a realista, primeiras manifestações da reforma que acabou por se canalizar para o Parnasianismo. As influências iniciais foram Gonçalves Crespo e Artur de Oliveira, este o principal propagandista do movimento a partir de 1877, quando chegou de uma estada em Paris. O Parnasianismo surgiu timidamente no Brasil nos versos de Luís Guimarães Júnior (Sonetos e rimas. 1880) e Teófilo Dias (Fanfarras. 1882), e firmou-se definitivamente com Raimundo Correia (Sinfonias. 1883), Alberto de Oliveira (Meridionais. 1884) e Olavo Bilac (Relicário. 1888).
O Parnasianismo brasileiro, a despeito da grande influência que recebeu do Parnasianismo francês, não é uma exata reprodução dele, pois não obedece à mesma preocupação de objetividade, de cientificismo e de descrições realistas. Foge do sentimentalismo romântico, mas não exclui o subjetivismo. Sua preferência dominante é pelo verso alexandrino de tipo francês, com rimas ricas, e pelas formas fixas, em especial o soneto. Quanto ao assunto, caracteriza-se pela objetividade, o universalismo e o esteticismo. Este último exige uma forma perfeita (formalismo) quanto à construção e à sintaxe. Os poetas parnasianos vêem o homem preso à matéria, sem possibilidade de libertar-se do determinismo, e tendem então para o pessimismo ou para o sensualismo.
Além de Alberto de Oliveira, Raimundo Correia e Olavo Bilac, que configuraram a chamada tríade parnasiana, o movimento teve outros grandes poetas no Brasil, como Vicente de Carvalho, Machado de Assis, Luís Delfino, Bernardino Lopes, Francisca Júlia, Guimarães Passos, Carlos Magalhães de Azeredo, Goulart de Andrade, Artur Azevedo, Adelino Fontoura, Emílio de Meneses, Antônio Augusto de Lima, Luís Murat e Mário de Lima.
A partir de 1890, o Simbolismo começou a superar o Parnasianismo. O realismo classicizante do Parnasianismo teve grande aceitação no Brasil, graças certamente à facilidade oferecida por sua poética, mais de técnica e forma que de inspiração e essência. Assim, ele foi muito além de seus limites cronológicos e se manteve paralelo ao Simbolismo e mesmo ao Modernismo em sua primeira fase.
O prestígio dos poetas parnasianos, ao final do século XIX, fez de seu movimento a escola oficial das letras no país durante muito tempo. Os próprios poetas simbolistas foram excluídos da Academia Brasileira de Letras, quando esta se constituiu, em 1896. Em contato com o Simbolismo, o Parnasianismo deu lugar, nas duas primeiras décadas do século XX, a uma poesia sincretista e de transição.
*Realismo filosófico
Na Idade Média, surgiram três soluções para o problema dos universais e dos particulares, foram propostas: o realismo, o conceitualismo e o nominalismo. Para o realismo, os universais existem objetivamente, seja na forma de realidades em si, transcendentes em relação aos particulares (como em Platão, universais ante rem), ou como imanentes encontrados nas coisas individuais (como para Aristóteles, universidade in re).
No Brasil
Ver artigo principal: Realismo no Brasil
A partir da extinção do tráfico negreiro, em 1850, acelera-se a decadência da economia cafeeira no Brasil e o país experimenta sua primeira crise depois da Independência. O contexto social que daí se origina, aliado à leitura de grandes mestres realistas europeus como Stendhal, Balzac, Dickens e Victor Hugo, propiciarão o surgimento do Realismo no Brasil.
Assim, em 1881 Aluísio Azevedo publica O Mulato (primeiro romance naturalista brasileiro) e Machado de Assis publica Memórias Póstumas de Brás Cubas (primeiro romance realista do Brasil).
Machado de Assis
Raul Pompéia
Aluízio Azevedo
*Naturalismo.
Características do Naturalismo:
Compromisso com a realidade
O Realismo-Naturalismo é contra o tradicionalismo romântico. Trata-se de uma arte engajada: ela tem compromisso com o seu momento presente e com a observação do mundo objetivo e exato.
No Brasil
No Brasil, o parnasianismo dominou a poesia até a chegada do Modernismo brasileiro. A importância deste movimento no país deve-se não só ao elevado número de poetas, mas também à extensão de sua influência, uma vez que seus princípios estéticos dominaram por muito tempo a vida literária do país, praticamente até o advento do Modernismo em 1922.
Na década de 1870, a poesia romântica deu mostras de cansaço, e mesmo em Castro Alves é possível apontar elementos precursores de uma poesia realista. Assim, entre 1870 e 1880 assistiu-se no Brasil à liquidação do Romantismo, submetido a uma crítica severa por parte das gerações emergentes, insatisfeitas com sua estética e em busca de novas formas de arte, inspiradas nos ideais positivistas e realistas do momento.
Dessa maneira, a década de 1880 abriu-se para a poesia científica, a socialista e a realista, primeiras manifestações da reforma que acabou por se canalizar para o Parnasianismo. As influências iniciais foram Gonçalves Crespo e Artur de Oliveira, este o principal propagandista do movimento a partir de 1877, quando chegou de uma estada em Paris. O Parnasianismo surgiu timidamente no Brasil nos versos de Luís Guimarães Júnior (Sonetos e rimas. 1880) e Teófilo Dias (Fanfarras. 1882), e firmou-se definitivamente com Raimundo Correia (Sinfonias. 1883), Alberto de Oliveira (Meridionais. 1884) e Olavo Bilac (Relicário. 1888).
O Parnasianismo brasileiro, a despeito da grande influência que recebeu do Parnasianismo francês, não é uma exata reprodução dele, pois não obedece à mesma preocupação de objetividade, de cientificismo e de descrições realistas. Foge do sentimentalismo romântico, mas não exclui o subjetivismo. Sua preferência dominante é pelo verso alexandrino de tipo francês, com rimas ricas, e pelas formas fixas, em especial o soneto. Quanto ao assunto, caracteriza-se pela objetividade, o universalismo e o esteticismo. Este último exige uma forma perfeita (formalismo) quanto à construção e à sintaxe. Os poetas parnasianos vêem o homem preso à matéria, sem possibilidade de libertar-se do determinismo, e tendem então para o pessimismo ou para o sensualismo.
Além de Alberto de Oliveira, Raimundo Correia e Olavo Bilac, que configuraram a chamada tríade parnasiana, o movimento teve outros grandes poetas no Brasil, como Vicente de Carvalho, Machado de Assis, Luís Delfino, Bernardino Lopes, Francisca Júlia, Guimarães Passos, Carlos Magalhães de Azeredo, Goulart de Andrade, Artur Azevedo, Adelino Fontoura, Emílio de Meneses, Antônio Augusto de Lima, Luís Murat e Mário de Lima.
A partir de 1890, o Simbolismo começou a superar o Parnasianismo. O realismo classicizante do Parnasianismo teve grande aceitação no Brasil, graças certamente à facilidade oferecida por sua poética, mais de técnica e forma que de inspiração e essência. Assim, ele foi muito além de seus limites cronológicos e se manteve paralelo ao Simbolismo e mesmo ao Modernismo em sua primeira fase.
O prestígio dos poetas parnasianos, ao final do século XIX, fez de seu movimento a escola oficial das letras no país durante muito tempo. Os próprios poetas simbolistas foram excluídos da Academia Brasileira de Letras, quando esta se constituiu, em 1896. Em contato com o Simbolismo, o Parnasianismo deu lugar, nas duas primeiras décadas do século XX, a uma poesia sincretista e de transição.
*Realismo filosófico
Na Idade Média, surgiram três soluções para o problema dos universais e dos particulares, foram propostas: o realismo, o conceitualismo e o nominalismo. Para o realismo, os universais existem objetivamente, seja na forma de realidades em si, transcendentes em relação aos particulares (como em Platão, universais ante rem), ou como imanentes encontrados nas coisas individuais (como para Aristóteles, universidade in re).
No Brasil
Ver artigo principal: Realismo no Brasil
A partir da extinção do tráfico negreiro, em 1850, acelera-se a decadência da economia cafeeira no Brasil e o país experimenta sua primeira crise depois da Independência. O contexto social que daí se origina, aliado à leitura de grandes mestres realistas europeus como Stendhal, Balzac, Dickens e Victor Hugo, propiciarão o surgimento do Realismo no Brasil.
Assim, em 1881 Aluísio Azevedo publica O Mulato (primeiro romance naturalista brasileiro) e Machado de Assis publica Memórias Póstumas de Brás Cubas (primeiro romance realista do Brasil).
Machado de Assis
Raul Pompéia
Aluízio Azevedo
*Naturalismo.
Características do Naturalismo:
Compromisso com a realidade
O Realismo-Naturalismo é contra o tradicionalismo romântico. Trata-se de uma arte engajada: ela tem compromisso com o seu momento presente e com a observação do mundo objetivo e exato.
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