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Existem diferentes versões sobre Narcisoou. O Auto-Admirador, personagem da mitologia Grega, mencionado na música de Caetano Veloso. Uma destas diz que este “era um rapaz muito bonito. Quando nasceu, seus pais perguntaram ao adivinho Tirésias qual seria o seu destino. A resposta foi que ele teria vidalonga desde que jamais contemplasse a própria figura. No entanto, por ser tão frívolo e indiferente ao amor, a deusa Némesis resolveu dar-lhe uma lição e o condenou a apaixonar-se pelo próprio reflexo na lagoa de Eco. Encantado pela sua própria beleza, Narciso deitou-se no banco do rio, olhando-se na água e se embelezando, e assim foi definhando permanecendo nessa posição até morrer.” Quem nunca pré-julgou alguém, alguma coisa ou algum lugar, que atire a primeira pedra. Quem nunca foi vitima de algum tipo de discriminação? Ainda assim o preconceito persiste e se enraíza cada vez mais. Da mesma forma como Narciso, muitas pessoas praticam o preconceito, quando percebem que o outro é diferente do seu modelo “ideal”, ou seja, de si próprio. Conscientes ou mesmo inconscientemente diante dessa percepção narcisista crêem cegamente que tudo que não corresponde à sua imagem é o próprio exemplo de "mau gosto", passando então a rejeitá-lo, tratá-lo com indiferença ou até mesmo odiá-lo. O dicionário Michaelis define preconceito como: “(1) Conceito ou opinião formados antes de ter os conhecimentos adequados.(2) Opinião ou sentimento desfavorável, concebido antecipadamente ou independente de experiência ou razão...” Em outras palavras, podemos dizer que preconceito é um juízo preconcebido que leva alguns a sentirem-se superiores a outros, adotando comportamento intolerante, hostilidade ou desprezo, discriminando indivíduos ou grupos os quais considera diferentes ou estranhos. As formas mais comuns de preconceito são : social, racial, sexual e religioso. No entanto, é bem complicado falar sobre preconceitos e chegar a conclusões objetivas, pois muitos fatores o desencadeiam. Pode-se dizer que, geralmente o preconceito parte de uma generalização superficial, originada pela ignorância ou falta de conhecimento, ou seja, simplesmente cria-se uma espécie de aversão em relação a tudo que é diferente. Dessa forma, o preconceito leva à discriminação, gerando marginalização e violência. De qualquer maneira é prejudicial, leviano e irracional, pois representa o domínio da crendice sobre o saber, não possuindo bases nem argumentos que o sustentem (são estabelecidos unicamente nas aparências e na empatia). Contraditoriamente a essa lógica, é um dos erros mais arraigados, mascarados e perigosos de nossa sociedade atual. Crenças, maneira de vestir, condições socioeconômicas... As diferenças estão presentes em nosso dia-a-dia e nos fatos mais corriqueiros: em nosso ponto de vista, ideais, forma de pensar, idéias, nas impressões digitais. Rotular quem quer que seja é um ato cruel. Até onde vai a ignorância dos seres que se dizem humanos e civilizados? Diversas catástrofes e atos desumanos nasceram a clique aqui partir de algum tipo de preconceito. Citamos, por exemplo, o Holocausto (especificamente o massacre dos judeus durante o regime nazista), a "Santa" Inquisição (composta por tribunais dedicados à supressão da heresia no seio da Igreja Católica Romana. Os condenados cumpriam as penas que podiam variar desde prisão temporária ou perpétua ou eram queimados vivos em plena praça pública). O Artigo 5º. da Constituição brasileira é o mais importante artigo de nossa Constituição, pois possui 78 dispositivos (incisos) e quatro parágrafos que garantem, aos cidadãos, as mesmas oportunidades na busca por uma vida mais digna aodeclarar oficialmente que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, sendo invioláveis o direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade. Dessa forma, dentre os objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil está a promoção do bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. Infelizmente o preconceito está presente onde menos imaginamos e nem precisamos ir longe para encontrá-lo. Trata-se de uma opinião totalmente distorcida que estabelece diferença entre as pessoas, de forma pejorativa, sem qualquer coerência e por esse motivo nossa sociedade tem excluído muitos de nossos semelhantes por julgar simplesmente que estes não são tão “semelhantes” assim. O resultado dessa violência é que vítimas de atos discriminatórios sofrem com depressão, baixa auto-estima... Desenvolvem agressividade, dificuldades na aprendizagem etc.
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