Perdoem o guloso, roga Machado de Assis em crônica de 25 de março de 1894
publicada na Gazeta de Notícias, ao descrever a Confeitaria Pascoal, da qual era
assíduo frequentador num Rio de Janeiro ainda capital do Império. “Este nome, que
nenhuma comoção produz na alma do rapaz nascido com o século, acorda em mim
saudades vivíssimas. A casa da mesma rua (…), onde ainda ontem comprei um
excelente paio (…), na qual passei horas excelentes.” Apesar de costumeiras, as
referências ao bem comer nos textos do escritor não autorizam acreditar que se
tratasse de um glutão ou gourmet. “Ele era sóbrio ao se alimentar”, diz Rosa Belluzzo,
especialista em antropologia cultural e história da alimentação. “Mesmo porque era
muito doente e isso o limitava para comer. De todo modo, homem de seu tempo,
acompanhava as transformações do Rio naquela época e isso incluía os hábitos
alimentares.”
As mudanças em questão têm início com a chegada da família real portuguesa
ao Brasil e a introdução por ela de itens importados como a manteiga francesa e chá,
além de doces típicos lusitanos. Prossegue com a difusão do costume de comer fora
nas casas de pasto e nas confeitarias e hotéis de luxo. Alcança, por fim, a República e o
reforço do “ideal civilizador”, que apura a arte culinária e traz a opulência para
jantares, comemorações e saraus. Todas essas fases são narradas por Rosa Belluzzoem
Machado de Assis – Relíquias culinárias (Unesp, 156 págs., R$ 80), no qual o
escritor é personagem condutor em meio às novidades que se sucediam.(...)
No trecho "Apesar de costumeiras, as referências ao bem comer nos
textos do escritor não autorizam acreditar que se tratasse de um glutão ou gourmet.",
a expressão em destaque expressa ideia de
a) adição
b) conclusão
c) contradição
d) explicação
e) tempo.
Respostas
respondido por:
68
contradição. porque se ele fala que sabe comer e dps diz q ñ, isso é uma contradição lerta C
Perguntas similares
7 anos atrás
7 anos atrás
7 anos atrás
9 anos atrás
9 anos atrás
9 anos atrás
9 anos atrás