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Histórico do Conflito – Quando se encontrava sob o reinado de Guilherme II, a partir de 1890, a Alemanha procurou recuperar o terreno perdido na corrida imperialista de todas as grandes potências. Contudo, a participação do país no movimento colonizador, teve proporções modestas. Suas colônias incluíam apenas Togo, Camarões, o Sudoeste Africano, além de um conjunto de territórios então denominado África Oriental Alemã.
Depois, o progresso material da Alemanha, aliado a um grande aumento da população (de 41 milhões, em 1871, para 61 milhões, em 1910), talvez tenham sido o aspecto mais importante nas décadas que precederam a Primeira Guerra Mundial. O aumento da produção industrial levou também a um grande aumento da exportação enquanto na indústria química, os fertilizantes aumentavam a produção agrícola e os explosivos reforçavam o campo militar.
Já nos meios de transporte, as ferrovias mais do que triplicaram em 40 anos, somando 61 mil quilômetros em 1910. A interligação ferroviária com outros países colocou a Alemanha no centro da rede europeia naquela época.
Então, com o término da 1ª Guerra Mundial, a Alemanha se vê saindo da disputa derrotada e principalmente devastada. Também, com o Tratado de Versalhes (1919), a Alemanha ainda se viu obrigada a aceitar todas as responsabilidades por causar a guerra e de promover reparações as nações da Tríplice Entente. Dessas, incluíam a perda de uma parte de seu território para um número de nações fronteiriças, de todas as colônias sobre os oceanos e sobre o continente africano, uma restrição ao tamanho do exército e uma indenização pelos prejuízos causados durante a guerra.
Logo, a fragilidade da república instituída em 1919 contribuiu para a expansão de movimentos radicais e para fortalecer os nazistas que culpavam a República de Weimar pela assinatura do Tratado de Versalhes, que fora indicado como o grande responsável pela pobreza que assolava a Alemanha.
Em seguida, com o declínio da República de Weimar – que começou após o colapso da bolsa de Nova York e a crise econômica mundial de 1929 – a história dos anos seguintes é marcada pela ascensão, nas eleições de 1930, dos ultranacionalistas (nacional-socialistas) e dos marxistas (comunistas). Em seu radicalismo, ambos aproveitaram-se do desemprego (que atingia 4,4 milhões de pessoas em 1930) e da miséria geral. Em 1931, a crise levou à quebra dos bancos e, em 1932, a situação se agravou ainda mais, pois os desempregados somavam 5,6 milhões e o marechal Hindenburg foi reeleito presidente, com Hitler em segundo lugar.
Em meio aos tumultos, o chanceler Heinrich Brüning (centro) foi demitido e substituído por Franz von Papen. O novo governo revogou medidas antes adotadas para conter os grupos paramilitares dos nacional-socialistas (nazistas), e Hitler, em troca, passou a tolerá-lo. Em janeiro de 1933, após a demissão de Von Papen, Hindenburg chamou Hitler para constituir o novo governo.
O Nazismo e sua Ideologia – O centro da ideologia nazista foi a ideia da purificação racial. Somente o tipo ariano, germânico, agressivo, com boa saúde natural e constituía a raça superior, considerada suprema, capaz de promover a prosperidade de que a população sofrida do período pós-guerra necessitava. Os judeus, os ciganos, os homossexuais, os eslavos, os deficientes, ou seja, todos aqueles que não tinham uma pátria ou como no caso dos deficientes ou doentes mentais, nascessem com algum problema de saúde, eram considerados sub-humanos e logo direcionados à morte.
A justificativa de tal pena fatal era que este grupo impossibilitaria a raça ariana de crescer e conquistar sua excelência. Nacionalismo, racismo e antissemitismo levaram às ações do Holocausto (perseguição e prisão de milhares de judeus nos campos de concentração que foram cruelmente assassinados). Anti-comunismo, anti-marxismo, anti-eslavismo eram os pilares da ideologia nazista apoiados por uma propaganda muitíssimo persuasiva e bem elaborada. Hitler era um orador nato e muito bem preparado. Convincente e visto como um líder, o Führer contou com a participação de seu ministro da propaganda, Joseph Goebbels.
O Partido Nazista (Nacional Socialista) não abria espaço para exceção. Era intolerante com qualquer tipo de oposição. Hitler via a democracia como uma força desestabilizadora, porque colocava o poder nas mãos das minorias étnicas. Ele rejeitava então a democracia e, assim, houve o fim da existência de partidos políticos, sindicatos e imprensa livre.
Havia um darwinismo social. Uma noção de Eutanásia e eugenia no que diz respeito à "higiene racial". O nazismo enfatizava a crença no líder, o Führer, e na defesa do sangue e do solo, representada pelas cores vermelho e preto, da bandeira nazista.