) Leio o texto “Corpo ativo e Filosofia”, produzido por Silvio Gallo e, logo depois, redija uma síntese apresentando as abordagens que o autor identificou como defensoras do corpo ativo e as abordagens que não realizam essa defesa. Ao fazer sua síntese, apresente uma citação oriunda desse texto na qual o autor justifica o seu posicionamento a respeito desse tema.
Respostas
Logo de inicio o autor já concorda com o filósofo francês Gilles Lipovetsky, que este conceito de corpo ativo está atualmente distorcido pelo mundo moderno, ou “hipermodernos” como chamaram. Visto que de modo atual, as pessoas se preocupam apenas com beleza física (corpo como mercadoria) e não necessariamente com a saúde de forma geral.
Também em acordo com Platão, o autor relata “A República”, cuja forma Platão concebia a educação. Como forma de conscientizar a importância do “corpo ativo”, visto que, mesmo durante todo o processo educativo a ginástica continuava a ser praticada, mesmo por aqueles que seriam os governantes e intelectuais da cidade.
Porém sobre a afirmação de Deleuze, referente à tese de Foucault, onde se dizia que nas sociedades de controle “nunca se temia nada” (1992, p.216), regido sobre a inflexão do biopoder, do poder disciplinar até as últimas consequências, o qual é submetido ao hipercontrole, o autor é controverso e indaga: “Formação permanente para controle permanente?”. Nunca dar autonomia ao indivíduo, para não correr o risco de que ele possa fazer algo novo.
Visto que temos “instalado” em nossas vidas e no mundo contemporâneo todo esse processo de hipercontrole, seja no âmbito estético, físico ou maquínicos, vai contra o pensamento do autor sobre o que seria corpo ativo.
Rendermo-nos a todo esse processo de hipercontrole dos corpos, seja nos aspectos estéticos, seja nos físicos, seja nos maquínicos, não é, penso um exercício do corpo ativo (Silvio Gallo, p.28).
O conceito de corpo ativo estaria voltado à resistência a culturas de hiperconsumo, de tratamentos estéticos buscando uma perfeição corporal, resistência ao “hipertreinamento” e tudo o que é em excesso nessa busca “maluca” pela perfeição corporal.
O autor defende o corpo ativo como um conjunto de cuidados com você próprio, onde o bom senso esteja incluso, onde escolhas nos tragam benefícios saudáveis, dentro de nossas possibilidades e nossos limites. Também é desejável que se tenha ética para com você mesmo e demais pessoas, e que possa viver num mundo melhor, administrando melhor a vida.