• Matéria: Pedagogia
  • Autor: giidutra
  • Perguntado 8 anos atrás

“Parábola do jardineiro”

"Todo jardim começa com uma história de amor, antes que qualquer árvore seja plantada ou um lago construído é preciso que eles tenham nascido dentro da alma.
Quem não planta jardim por dentro, não planta jardins por fora e nem passeia por eles".

Rubem Alves

"O que é que se encontra no início? O jardim ou o jardineiro? É o jardineiro. Havendo um jardineiro, mais cedo ou mais tarde um jardim aparecerá. Mas, havendo um jardim sem jardineiro, mais cedo ou mais tarde ele desaparecerá. O que é um jardineiro? Uma pessoa cujo pensamento está cheio de jardins. O que faz um jardim são os pensamentos do jardineiro. O que faz um povo são os pensamentos daqueles que o compõem."
"Entre a ciência e a sapiência: o dilema da educação" - Página 24, de Rubem A Alves - Publicado por Edições Loyola, 1999 ISBN
O texto de Rubens Alves, “ Parábola do jardineiro” nos remete a refletir sobre a Educação como política social, imaginando que o “jardim” seja a educação de qualidade como produto do ensino, direito do cidadão brasileiro
Essa política, em meio a um processo de democratização da sociedade, estabelece-se somente quando existem sujeitos sociais empenhados na busca de melhores condições de ensino. Essas demandas exigiram e continuam exigindo novas competências de todos os envolvidos no trabalho educativo.
Jair Militão da Silva, no texto postado no Saiba Mais denominado “A Educação pode mudar ... E eu com isso?”, ´afirma: “ A nós, educadores, é pedido que conheçamos nosso campo de trabalho, o educacional, para que possamos atender ao multiculturalismo, às diferenças sociais e culturais, aos diferentes pontos de partida de nossas crianças e jovens, de forma a podermos ajudá-los a atingir pontos de chegada socialmente aceitos e pretendidos”,
Podemos, como educadores, sermos o “jardineiro” apresentado por Rubens Alves, pois com a ação do “jardineiro”, certamente o “jardim”, mais cedo ou mais tarde, aparecerá. Ou não aparecerá.
Considerando que “não há neutralidade quando tratamos de educação” e que “Educação é sempre um ato político”, como afirmou Paulo Freire, é preciso que saibamos como travar essa caminhada, e para isso faz-se necessário que conheçamos os caminhos possíveis dentro de nós.

Diante da abordagem aqui apresentada: •

Como você se posiciona? •
De que forma pretende ser o “jardineiro” que possibilite o “jardim” ter mais qualidade social na educação brasileira?

Respostas

respondido por: ferretti
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Bom dia!

Atuar como jardineiro, levando em conta a proposta de Rubem Alves, é instigar a promoção de uma sociedade mais justa e igualitária, mas é, também, remover as ervas daninhas. Ser um jardineiro, como o é, por exemplo, um professor, é aceitar um trabalho difícil e delicado, mas promover, através dele, mudanças sociais, transformação de concepções: não de maneira abrupta, "cortando galhos", mas de maneira natural, indicando como encontrar o sol. Assim, o jardineiro pode contribuir para a formação de um jardim saudável.

Abraços!

giidutra: obrigado, me ajudou a abrir a cabeça para a elaboração da minha resposta.
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