Question

por que, para Espinosa , não há livre-arbítrio?

Answer 1

Espinosa diz que a nossa vontade é submetida às leis naturais, como todos os outros fenômenos. A vontade é a essência do ser e tudo possui uma causa, portanto ela também. Ele usa o conceito de conatus para falar da vontade de esforço que temos, de autoconservação. A crítica de Espinosa ao livre-arbítrio é que ele afirma que mesmo que tenhamos consciência da nossa vontade, de nossos desejos, não necessariamente somos autores destes, como costumamos crer. Portanto, a vontade livre seria uma ilusão, sendo que ela possuiria uma causa que não conhecemos, ou seja, nenhuma pessoa agiria livremente, já que não tem a total consciência das causas primeiras de suas ações.

Answer 2

Espinosa, filósofo holandês que "disputa" com Descartes a "posição" de filósofo mais influente da Idade Moderna, defendia a tese de que tudo o que existe tem uma explicação de caráter mecanicista, e esta explicação, se não for um princípio geral, tem ela mesma uma explicação.

Isto, para Espinosa, fundamentaria a noção do "nexo infinito de causas", ou seja, um fenômeno material sendo causado por outro até o momento que escapa da nossa possibilidade de conhecimento (pois a razão humana tem as suas limitações), e o "livre-arbítrio", ou seja, a ideia de que decidimos, livremente, fazer uma coisa e não outra seria explicada por uma ignorância deste princípio: como desconhecemos a causa mecânica, supomos que agimos por meio da "livre vontade".

Um pouco mais sobre a filosofia de Espinosa em;

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