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O imperialismo não é uma etapa, nem sequer é a etapa mais alta do capitalismo: desde o começo que é inerente à expansão do capitalismo. A conquista imperialista do planeta pelos europeus e pelos seus filhos estadunidenses, realizou-se em duas fases, e talvez estejamos a entrar na terceira.
A primeira fase deste empreendimento em desenvolvimento, organizou-se em torno da conquista das Américas, de acordo com as regras do sistema mercantil da Europa Atlântica daquela época. O resultado claro foi a destruição das civilizações indígenas e a Hispanização/Cristianização ou simplesmente o genocídio total, sobre o qual se construiu os EUA. O racismo dos colonos anglo-saxónicos explica porque é que o modelo se reproduziu em todo o lado, na Austrália, na Tasmânia (o maior genocídio da história), e na Nova Zelândia.
Se os católicos espanhóis actuavam em nome da religião que devia ser imposta aos povos conquistados, os protestantes anglo-saxónicos retiravam da sua leitura particular da bíblia, o direito a eliminar os "infiéis". A infame escravatura dos negros que se tornou necessária após o extermínio dos índios, impôs-se bruscamente para assegurar que as partes úteis do continente pudessem ser exploradas.
Hoje em dia não se pode duvidar dos motivos reais de todos estes horrores, a menos que se ignore a sua relação íntima com a expansão do capital. Contudo, os europeus contemporâneos aceitaram o discurso ideológico que os justificava — e as vozes de protesto como a do Padre De Las Casas — não encontraram muitos simpatizantes.
Os resultados desastrosos produzidos por este primeiro capítulo da expansão capitalista mundial, fez com que mais tarde as forças de libertação desafiassem a sua lógica. A primeira revolução do hemisfério ocidental foi a dos escravos de Santo Domingo (o que hoje é o Haiti), no fim do século XVIII, seguida mais de um século depois pela Revolução Mexicana em 1910, e 50 anos depois pela Revolução Cubana. Se não cito aqui a famosa "Revolução Americana" ou a das colónias espanholas que se seguiram, é porque estas só transferiram o poder de decisão das metrópoles para os colonos, de modo que estes continuaram a fazer o mesmo, perseguindo os mesmos projectos ainda com maior brutalidade, só que sem ter de partilhar as ganâncias com a "mãe pátria".
A segunda fase da devastação imperialista baseou-se na revolução industrial e manifestou-se na subjugação colonial da Ásia e da África. "Para abrir os mercados" — como o mercado do ópio que foi imposto aos chineses pelos puritanos de Inglaterra — e apoderar-se dos recursos naturais do globo, foram os seus motivos reais, como já todos sabem.
A primeira fase deste empreendimento em desenvolvimento, organizou-se em torno da conquista das Américas, de acordo com as regras do sistema mercantil da Europa Atlântica daquela época. O resultado claro foi a destruição das civilizações indígenas e a Hispanização/Cristianização ou simplesmente o genocídio total, sobre o qual se construiu os EUA. O racismo dos colonos anglo-saxónicos explica porque é que o modelo se reproduziu em todo o lado, na Austrália, na Tasmânia (o maior genocídio da história), e na Nova Zelândia.
Se os católicos espanhóis actuavam em nome da religião que devia ser imposta aos povos conquistados, os protestantes anglo-saxónicos retiravam da sua leitura particular da bíblia, o direito a eliminar os "infiéis". A infame escravatura dos negros que se tornou necessária após o extermínio dos índios, impôs-se bruscamente para assegurar que as partes úteis do continente pudessem ser exploradas.
Hoje em dia não se pode duvidar dos motivos reais de todos estes horrores, a menos que se ignore a sua relação íntima com a expansão do capital. Contudo, os europeus contemporâneos aceitaram o discurso ideológico que os justificava — e as vozes de protesto como a do Padre De Las Casas — não encontraram muitos simpatizantes.
Os resultados desastrosos produzidos por este primeiro capítulo da expansão capitalista mundial, fez com que mais tarde as forças de libertação desafiassem a sua lógica. A primeira revolução do hemisfério ocidental foi a dos escravos de Santo Domingo (o que hoje é o Haiti), no fim do século XVIII, seguida mais de um século depois pela Revolução Mexicana em 1910, e 50 anos depois pela Revolução Cubana. Se não cito aqui a famosa "Revolução Americana" ou a das colónias espanholas que se seguiram, é porque estas só transferiram o poder de decisão das metrópoles para os colonos, de modo que estes continuaram a fazer o mesmo, perseguindo os mesmos projectos ainda com maior brutalidade, só que sem ter de partilhar as ganâncias com a "mãe pátria".
A segunda fase da devastação imperialista baseou-se na revolução industrial e manifestou-se na subjugação colonial da Ásia e da África. "Para abrir os mercados" — como o mercado do ópio que foi imposto aos chineses pelos puritanos de Inglaterra — e apoderar-se dos recursos naturais do globo, foram os seus motivos reais, como já todos sabem.
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