• Matéria: História
  • Autor: amandamirls
  • Perguntado 8 anos atrás

(Ufpa 2016) É atribuído a Aristóteles o seguinte fragmento de uma obra do século IV a.C.:

“É essencial que cada escravo tenha uma finalidade claramente definida. É tanto justo quanto vantajoso oferecer a liberdade como prêmio; quando o prêmio, e o período em que puder ser atingido, forem definidos claramente, isto os fará trabalhar de boa vontade”.

CARDOSO, Ciro Flamarion. Trabalho compulsório na Antiguidade. Rio de Janeiro: Graal, 1984. p. 108.

Na concepção grega, o escravo era um objeto de propriedade, mas ao mesmo tempo um ser humano que:

A
poderia ser vendido, alugado, emprestado, doado e confiscado. Todavia, o Estado também poderia conceder a liberdade àqueles que denunciassem conspiração ou malversação do dinheiro público, se assim fosse comprovado, e seus donos deveriam premiar os bons escravos com prêmios e alforrias.

B
deveria ter respeito ao ex-dono e, mesmo alforriado, teria que continuar a cumprir certas tarefas, como a de participar de uma colheita anual; em relação ao Estado, deveria continuar com a sua obrigação de limpar ruas e fabricar moedas.

C
deveria ser alforriado ao denunciar as revoltas planejadas pelos escravos de ganho, pois somente assim ganharia a plena liberdade; esse mecanismo não era aplicado aos escravos de guerra e aos escravizados por dívida.

D
era utilizado nos serviços agrários, visto que a Grécia vivia em constantes guerras que terminavam por convocar todos os agricultores para os campos de batalha; os escravos e os metecos ficavam sendo os responsáveis pelo abastecimento da cidade e só em tempos de paz eram alforriados.

E
deveria ser libertado assim que cumprisse o contrato de cinco colheitas de azeitonas e construísse dois moinhos; os escravos do Estado deveriam cumprir com a obrigação de participar de duas batalhas, ajudando o exército grego a sair vitorioso.

Respostas

respondido por: biamorais
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Resposta: Letra A
A resposta pode ser definida através do próprio texto. Mas vou explicar um pouco sobre a escravidão na Grécia e destacar o que está incorreto nas outras questões.
 A mão de obra escrava era predominante na Grécia Antiga, em todos os âmbitos, havendo muitas maneiras de se tornar escravo (guerra, dívidas, etc), assim como trabalhavam em tudo, do comércio e trabalho doméstico à guerra. O número era tão grande que às vezes chegavam a fazer massacres. 
  Sendo eles escravos, podiam ser, e eram, tratados, como uma mercadoria, podendo ser trocados, vendidos, etc. Assim como também poderiam chegar a finalizar seus serviços (se o seu "dono" quisesse, claro) e receber sua liberdade.

   Agora irei explicar as incorretas.

   Letra B - 
tendo ele recebido à alforria, não tem mais nenhum dever para com seu antigo dono, nem com o Estado;
   Letra C - ele só receberia a liberdade quando seu dono assim decidisse, ou caso fizesse a denúncia explanada na alternativa A, mas também não havia essa distinção entre as revoltas entre escravos de ganho e de dívidas ou de guerra;
   Letra D - não trabalhavam apenas no cultivo, mas também no comércio entre outros. Além, a maior parte desse trabalho manual e braçal já era feito por  escravos, já que os gregos preferiam as atividades intelectuais. E mais, não havia época determinada para alforria, nem se deveria tomá-la como verdade, já que era uma decisão apenas do senhor;
   Letra E - o escravo era um propriedade, e portanto não tinha um contrato com o seu senhor. Assim como, até onde eu saiba, não havia essa obrigação de participar de duas batalhas, ainda mais porque, por serem escravos, poderiam se voltar contra os próprios gregos.

Espero ter ajudado.


respondido por: Valentina445
1

Resposta:

letra a

Explicação:

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