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O narrador onisciente intruso se posiciona onde deseja ao longo da trama. Ele é livre para contar o que se passa da maneira que quer e com prazer. Para tal ele age, de vez em quando, como se fosse Deus, modificando e assumindo várias vias de transmissão de dados e impondo suas concepções e visões.
O termo ‘intruso’ encaixa-se perfeitamente na forma como este narrador insere observações sobre a existência, os hábitos, o caráter, enfim, acerca de tudo que têm a possibilidade de estar vinculado à narrativa. Um bom modelo dessa categoria de narrador é o livro Quincas Borba, de Machado de Assis.
Seu narrador conhece cada ponto da trama, tece comentários, critica, insere suas concepções de forma parcial e se esquiva do leitor a cada instante. A escola naturalista cultivava a transmissão impessoal de conhecimentos. Esta atitude motivou Machado a recorrer ao narrador intruso para eliminar qualquer similaridade entre a realidade e a imaginação.
Bem diferente é o narrador onisciente neutro. Ele conta os fatos do ponto de vista da terceira pessoa, preza pela descrição dos personagens sem intervir na história. Ele se recusa a apresentar suas observações sobre as linhas mestras da história e acerca das atitudes das figuras fictícias que o cercam. Agindo desta forma, ele demarca o âmbito de interação entre o leitor e a narrativa.
Este narrador apresenta constantemente a visão dominante dos eventos, compondo desta forma um relato imparcial. Aqui o melhor exemplo é o livro Madame Bovary, de Flaubert, embora esta modalidade narrativa conviva com outras categorias neste autor, já que ele sempre recorre a vários recursos na sua criação literária.
Uma terceira classe é a do narrador onisciente múltiplo. Ele compõe com o narrador seletivo, correspondente ao discurso indireto livre, uma singularidade especial. Os meios usados pelo narrador onisciente múltiplo são os mais diversificados, transitando entre pontos de vista contíguos ou afastados, sujeitos ao número de dados que ele pretende transmitir. Na obra Vidas Secas, de Graciliano Ramos, o leitor encontra uma exemplificação perfeita desse narrador.
O narrador seletivo, como já foi dito, está vinculado ao onisciente múltiplo. Mas, aqui, há somente um personagem, restrito a si mesmo, posicionado no ponto de vista de um núcleo preciso. As vias de interação com o leitor são também diversificadas, e se valem de emoções, visões e ideias expostas de maneira clara.
O narrador relata em detalhes o que se passa, e descreve minúcias do universo em que a história se passa. O foco recai sobre a singeleza dos objetos de nosso dia-a-dia. Essa categoria é muito utilizada pelas autoras, destacando-seClarice Lispector e Virgínia Woolf, as quais dominam a utilização do discurso indireto livre e desta modalidade narrativa.
O termo ‘intruso’ encaixa-se perfeitamente na forma como este narrador insere observações sobre a existência, os hábitos, o caráter, enfim, acerca de tudo que têm a possibilidade de estar vinculado à narrativa. Um bom modelo dessa categoria de narrador é o livro Quincas Borba, de Machado de Assis.
Seu narrador conhece cada ponto da trama, tece comentários, critica, insere suas concepções de forma parcial e se esquiva do leitor a cada instante. A escola naturalista cultivava a transmissão impessoal de conhecimentos. Esta atitude motivou Machado a recorrer ao narrador intruso para eliminar qualquer similaridade entre a realidade e a imaginação.
Bem diferente é o narrador onisciente neutro. Ele conta os fatos do ponto de vista da terceira pessoa, preza pela descrição dos personagens sem intervir na história. Ele se recusa a apresentar suas observações sobre as linhas mestras da história e acerca das atitudes das figuras fictícias que o cercam. Agindo desta forma, ele demarca o âmbito de interação entre o leitor e a narrativa.
Este narrador apresenta constantemente a visão dominante dos eventos, compondo desta forma um relato imparcial. Aqui o melhor exemplo é o livro Madame Bovary, de Flaubert, embora esta modalidade narrativa conviva com outras categorias neste autor, já que ele sempre recorre a vários recursos na sua criação literária.
Uma terceira classe é a do narrador onisciente múltiplo. Ele compõe com o narrador seletivo, correspondente ao discurso indireto livre, uma singularidade especial. Os meios usados pelo narrador onisciente múltiplo são os mais diversificados, transitando entre pontos de vista contíguos ou afastados, sujeitos ao número de dados que ele pretende transmitir. Na obra Vidas Secas, de Graciliano Ramos, o leitor encontra uma exemplificação perfeita desse narrador.
O narrador seletivo, como já foi dito, está vinculado ao onisciente múltiplo. Mas, aqui, há somente um personagem, restrito a si mesmo, posicionado no ponto de vista de um núcleo preciso. As vias de interação com o leitor são também diversificadas, e se valem de emoções, visões e ideias expostas de maneira clara.
O narrador relata em detalhes o que se passa, e descreve minúcias do universo em que a história se passa. O foco recai sobre a singeleza dos objetos de nosso dia-a-dia. Essa categoria é muito utilizada pelas autoras, destacando-seClarice Lispector e Virgínia Woolf, as quais dominam a utilização do discurso indireto livre e desta modalidade narrativa.
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