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1 - ÉMILE DÜRKHEIM: “A DIVISÃO SOCIAL DO TRABALHO”
Assim como Auguste Comte, Karl Marx e Max Weber, Dürkheim também procura
com seus métodos de análise e objeto de estudo, explicações para as modificações estruturais
ocorridas com o advento da sociedade moderna. O triunfo da indústria Capitalista promoveu
uma transformação radial em sua estrutura sócio-econômica, dando um novo rumo à
sociedade emergente. É nesta perspectiva que a sociedade moderna Capitalista será colocada
no plano de análise deste sociólogo.
Foi com Émile Durkheim (1851-1917), que a Sociologia passou a ser considerada
uma ciência, estabelecendo-lhe uma base empírica, com métodos próprios de investigação e
demonstrando que seu objeto de estudo, os fatos sociais, teriam características próprias, que
os distinguiriam dos estudados pelas demais ciências.
É importante retomarmos aqui a proposta metodológica deste teórico, para
compreendermos a função prática do seu conceito de divisão social do trabalho.
Durkheim considera que a sociedade precisaria ser estudada como um fenômeno
sui generis; como uma unidade ou sistema organizado de relações permanentes e mais ou
menos definido, com leis naturais d desenvolvimento que são baseadas na articulação de suas
partes.
Portanto, os “fenômenos sociais têm origem na coletividade não em cada um dos
seus participantes” (QUINTANEIRO, 69:2002). Esclarece ainda que os fatos individuais são
refletidos na consciência individual o nas representações físicas e, no caso das representações
coletivas, estas expressam a vida mental do grupo social.
É por isso que para Durkheim a sociedade é semelhante a um corpo vivo, em cada
órgão cumpre uma função, ou seja, as partes (os fatos sociais) existem em função do todo (a
sociedade).
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